Adoção internacional
KENIA CRISTINA FERREIRA DE DEUS LUCENA1
RESUMO
O presente artigo científico apresenta uma reflexão sobre a realidade de várias crianças abandonadas que vivem nos abrigos goianienses, aguardando a colocação em uma família substituta através da adoção. As pesquisas comprovam que o brasileiro ao querer adotar tem em mente um perfil de criança: branca, de até seis meses e do sexo feminino. Em função disto, inúmeras crianças e adolescentes ficam preteridos nos abrigos. Abandonados tanto pelo governo quanto pela sociedade. Uma opção para solucionar o problema de abandono dessas crianças e adolescentes seria estimular a adoção internacional hoje um instituto autorizado de forma excepcional, última opção. Assim, sugere-se um debate, objetivando demonstrar que o primordial é proporcionar um lar para estes pequenos abandonados, estimulando a adoção por estrangeiros tanto quanto se estimula a adoção por nacionais.
Palavras-chave:
Adoção. Abandonado. Função Social.
Adoção
Internacional.
Criança
e
Adolescente
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Docente convidada da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Pós-graduada lato sensu em Direito Civil e Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Advogada regularmente inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: kenia.ferreiralucena@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO Há no Brasil milhares de crianças em estado de abandono, aguardando o amparo de uma família. Não é adoção, seja ela nacional ou internacional, solução para os problemas que afligem a infância e juventude brasileira, mas, em determinadas situações, é a única medida que remanesce. Candidatos à adoção não faltam. Mas as exigências na escolha das crianças são muitas. Por isso, inúmeras crianças e adolescentes aguardam anos e anos a oportunidade de encontrar um