Adoção Homoafetiva
Não apenas relacionado à questão genética e a necessidade humana de procriar e prosseguir a vida de geração em geração, também esta presente o desejo e a vontade do ser humano de se ter um filho. Porém, há diversos fatores que interferem e impossibilitam a criação natural do filho. Seja não poder gerar um bebe, ou não poder criá-lo. Em relação aos pais que querem ter filhos, mas não podem gerar, estão entre eles os casais homoafetivos que, devido às circunstâncias biológicas naturais, ficam impossibilitados de gerar, tendo assim, a necessidade e o desejo de serem pais, aderindo à opção plausível e honrosa de adotar uma criança. Ocasionalmente, há a observância da possível dificuldade que tanto a criança quanto os pais adotivos podem passar em razão da não hereditariedade natural ocasionada na família onde há adoção. Mas, contrapondo à ideia de que pode existir conflito entre o adotado e o adotante em relação ao afeto familiar, psicologicamente, tem-se que o apego, seja do filho adotivo ou biológico, está interligado aos pais que os criam, e não diretamente aos que os geram. Na adoção, deve-se ter uma incursão na dinâmica psicológica dos envolvidos, pois esse fato não deve ser encarado apenas como um fenômeno operacional, mas sim, psicologicamente, como um elo-de-ligação entre os novos pais e o adotado, como se fossem, não apenas adotantes, mas afetivamente, os verdadeiros pais biológicos. Para que o apego familiar seja realmente concretizado, sem distinção entre filho adotado ou biológico, é necessário que a criança tenha traços históricos dentro da família em que faz parte, para poder se identificar e conhecer a si mesma, independente de os pais serem biológicos ou adotantes. Mas, em relação aos pais adotantes, é importante ressaltar que, na interação com o filho, deve haver mais expressões de afeto do que de pressões pedagógicas. Porém, mesmo com todos os cuidados para que a criança se sinta confortada no ambiente familiar