Adolescência e Psicanálise
Disciplina: Psicologia da Educação Il
Adolescência e Psicanálise
De acordo com Cottet (1996), o termo adolescência surge no final do século XVIII, quando há um interesse para com essa fase notando-a diferente do adulto. A adolescência é a fase intermediária da vida dos seres humanos, é a transição da infância para a fase adulta, passando por transformações e conflitos tanto no corpo quanto no psicológico. Este corpo traz consigo novos e violentos aspectos pulsionais que ele não é capaz de dominar. Troca-se aí então o corpo de criança pelo corpo de adulto o que implica na obtenção de uma capacidade reprodutiva, a isso dá-se o nome de puberdade, o período que aparece logo após a fase da latência. Na adolescência ocorre uma reativação do Édipo, que havia sido esquecido no período de latência, mas que agora, os pais enquanto modelos de identificação são substituídos por outros sujeitos. "Há uma recapitulação de todas as antigas pulsões sobre um novo objeto" (Cottet 1996), dando atenção assim a três fontes de estímulos que são externos, internos e intrapsíquicos. É também neste período quando ocorre as escolhas, em sua maioria não conscientes - levando-se em conta que o inconsciente também é de inteira responsabilidade do indivíduo - compreendendo que essas escolhas possam ser definitivas. Considerando que a sexualidade não começa na puberdade, é neste momento que a genitalidade representa um ponto de atração de acordo com a particularidade da história de cada um, oferecendo à sexualidade uma nova orientação. Portanto há as escolhas do objeto e do sujeito, definindo assim questões como a homossexualidade e heterossexualidade. Diante da ativação de novos aspectos pulsionais provocada pela genitalização do corpo do adolescente, este se sente transbordado, inundado pela excitação dessa nova pulsionalidade que ainda não é capaz de dominar, nem mesmo suas escolhas.
Contudo, podemos perceber que a adolescência é mesmo um