RESENHA CRÍTICA: ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE À PSICOPEDAGOGIA.
SCOZ, Beatriz; BARONE, Leda Maria C. e CAMPOS, Maria Celia. Psicopedagogia: Contextualização, Formação e Atualização Profissional. São Paulo: Artes Medicas 1991.
Nesta interessante obra literária, mais precisamente o capítulo 6 do livro em questão, cujo título é: “Algumas Contribuições da Psicanálise à Psicopedagogia”; evidencia-se o intuito do autor em dissiminar suas reflexões no que tange as relações entre a Psicanálise e a Psicopedagogia, focando a constituição psíquica do sujeito, ainda na infância, bem como suas intervenções nos processos de aprendizagem.
O capítulo 6 do livro em questão contém aproximadamente 10 páginas que, categoricamente, abordam como aspectos psicanalíticos, em sua maioria, baseados em teorias Freudianas, contribuem para o desenvolvimento cognitivo de um determinado sujeito e as implicações psicológicas no não atendimento destes aspectos.
Muitos distúrbios de aprendizagem e de escolaridade são decorrentes, ainda na tenra infância, de inconsistências emocionais oriundas da relação afetiva existente entre a criança e suas figuras parentais de referência, conflitos internos de identificação e formação mental, e com as relações sociais externas.
No que concerne à Psicanálise, o autor suscita que, na fase inicial de desenvolvimento, a mãe e o bebê estabelecem uma relação simbiótica onde no decorrer desse processo constituira-se-á seu ego, criando um espaço mental virtual composto de funções simbólicas, resultantes de suas fantasias conscientes e inconscientes (estas de cunho agressivo e libidinoso) e de sua relação com o meio que o cerca.
Basicamente os processos de aprendizagem se dão, de acordo com os conceitos empíricos da Psicanálise, quando a criança volta seu interesse afetivo (libido) para o conhecimento de forma a atenuar seus conflitos internos procedentes de sentimentos de culpa oriundos de suas fantasias sexuais diretas, onde esse apaziguamento promove prazer no ato do aprendizado.
A libido,