adoecimento mental de professores do ensino medio e fundamental
Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Estadual
ADOECIMENTO MENTAL DE PROFESSORES DO ENSINO
MÉDIO E FUNDAMENTAL
Carlos Vinícius Carvalho de Souza
Dayanne Borges Ferreira
Guilherme José Duarte
Viviane Oliveira Soares
A educação tem sido um dos setores de maior empregabilidade no mercado brasileiro, contudo a docência, no nível fundamental e médio, representa um trabalho árduo, pouco reconhecido, mal remunerado e com profissionais desmotivados. O cenário atual das políticas educacionais tem gerado insatisfação constante na classe docente em função da difícil correlação com a realidade em sala de aula.
A vivência constante com preocupações diversas, pouca participação na organização geral do trabalho, responsabilidades além sala de aula (correção de atividades escolares, feitio de plano de aulas, necessidade de capacitações e cobranças sociais), pode desencadear problemas de ordem física e mental, comprometendo a saúde do professor, muitas vezes com a presença de transtornos mentais tais como: ansiedade, síndrome de burnout, depressão e outros. Dejours, 1986 cita que a organização do trabalho pode exercer efeitos positivos ou negativos sobre o funcionamento psíquico de uma pessoa. Essa organização é compreendida por dois conceitos fundamentais. O primeiro é a divisão de tarefas, que representa o conteúdo das atividades e o modo de operá-las de acordo com a organização formal e a organização real da
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execução de tarefas, o descompasso entre a organização formal e a real favorece o sofrimento mental.
O segundo conceito é o de divisão de homens, que se constitui na forma pela qual as pessoas são dispostas funcionalmente em uma organização e as relações interpessoais que se estabelecem entre elas.