Professor e as condições de trab
Sandra Maria Gasparini Sandhi Maria Barreto Ada Ávila Assunção
Universidade Federal de Minas Gerais
Resumo
Correspondência: Ada Ávila Assunção Av. Alfredo Balena, 190, 8009 30130-100 – Belo Horizonte – MG e-mail: adavila@medicina.ufmg.br
O estudo das relações entre o processo de trabalho docente, as reais condições sob as quais ele se desenvolve e o possível adoecimento físico e mental dos professores constituem um desafio e uma necessidade para se entender o processo saúde-doença do trabalhador docente e se buscar as possíveis associações com o afastamento do trabalho por motivo de saúde. Este artigo apresenta o perfil dos afastamentos do trabalho por motivos de saúde de uma população de profissionais da educação. Buscando elementos na literatura disponível, aventa a hipótese de que as condições de trabalho nas escolas podem gerar sobreesforço dos docentes na realização de suas tarefas. Foram analisados os dados apresentados no Relatório preparado pela Gerência de Saúde do Servidor e Perícia Médica (GSPM) da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, relativos aos afastamentos do trabalho de funcionários da Secretaria Municipal de Educação, de abril de 2001 a maio de 2003. Os afastamentos foram indicados pelos atestados médicos fornecidos pela própria instituição. Os dados obtidos, embora não permitissem discriminar o número de professores envolvidos, possibilitaram o conhecimento do número de afastamentos entre os professores, sendo que os transtornos psíquicos ficaram em primeiro lugar entre os diagnósticos que provocaram os afastamentos.
Palavras-chave
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Agradecemos à Profa Dalila Andrade Oliveira pelo esforço na coordenação do Grupo de Estudos sobre Trabalho Docente – GESTRADO. Este Grupo, apoiado pelo CNPq e pela FAPEMIG, está ligado ao Núcleo de Estudos sobre Trabalho e Educação [NETE] da Faculdade de Educação/UFMG, que proporciona o ambiente necessário para