Adocao
Introdução:
Estima-se que 80 mil crianças e adolescentes vivam em abrigos no Brasil, (segundo dados levantados pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), em 2006) à espera pela reintegração familiar. A adoção, que seria a melhor saída para garantir uma infância digna aos pequenos, também impõe suas limitações: são elegíveis, na maioria dos casos, apenas bebês brancos, do sexo feminino e de até um ano de idade.
Dados obtidos pela Folha de São Paulo, nos Tribunais de Justiça e nas Varas de Infância e Juventude de 14 dos 26 estados brasileiros, apontam que, no ano de 2003, o número de crianças adotadas por brasileiros e estrangeiros caiu 19% em comparação à média anual registrada no conjunto dessas unidades da federação - foram 5.654 casos contra 6.970 na média histórica.
Não foram apontados os fatores que influenciaram na queda, mas sabe-se que o preconceito e a falta de informação são os mais preocupantes. Talvez a ausência de processos aprovados, assim como a falta de reintegração às famílias e a demora na destituição do pátrio poder, faça as crianças crescerem em instituições e deixarem de ser o ‘alvo preferido’ dos adotantes. Nos abrigos, 50% delas têm mais de seis anos.
Também é fundamental destacar que muitos dos que desejam adotar um bebê, recorrem a esquemas informais e driblam todo o processo judicial de uma adoção legalizada. É importante lembrar que alguns caminhos podem acabar com o sonho da constituição de uma família, uma vez que os pais biológicos têm como requerer a qualquer instante o filho ‘dado’ num momento de dificuldade.
Para que você e o seu gesto de amor não sejam ‘pegos de surpresa’, decidimos abordar este tema e mostrar que mesmo sendo um caminho, às vezes, longo e difícil vale a pena recorrer à justiça, apresentar toda a documentação solicitada e aguardar que uma criança seja liberada para a adoção.
O tema adoção ainda é desconhecido e desperta a curiosidade da grande maioria, mas aqueles que têm o conhecimento, pouco