Administração operações
Flávio Sanson Fogliatto Paulo Ricardo Motta Fagundes
Laboratório de Otimização de Produtos e Processos da Escola de Engenharia (LOPP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Praça Argentina, 9, sala 402, Porto Alegre, RS, CEP 90040-020, e-mail: ffogliatto@ppgep.ufrgs.br
v.10, n.2, p.163-181, ago. 2003 Resumo
Recebido em 11/7/2002 Aceito em 5/2/2003
A troca rápida de ferramentas (TRF) tem por objetivo reduzir o tempo de preparação (ou setup) de equipamentos, minimizando períodos não-produtivos no chão-de-fábrica. Como conseqüência, é possível a redução do tamanho dos lotes de produção na manufatura. A TRF fundamenta-se em técnicas que enfatizam o trabalho cooperativo em equipe e a proposição de formas criativas de melhoria de processos. Este artigo apresenta uma proposta metodológica para a TRF, constituída dos seguintes passos: definição do projeto, planejamento das atividades, treinamento da equipe de implantação, implantação propriamente dita, acompanhamento e consolidação. Um estudo de caso desenvolvido na indústria moveleira ilustra a metodologia proposta. Palavras-chave: troca rápida de ferramentas, tempo de preparação, setup, metodologia SMED.
1. Introdução
A
troca rápida de ferramentas (TRF) pode ser descrita como uma metodologia para redução dos tempos de preparação de equipa-
mentos, possibilitando a produção econômica em pequenos lotes. A utilização da TRF auxilia na redução dos tempos de atravessamento (lead times), possibilitando à empresa resposta rápida diante das mudanças do mercado. Outra vantagem
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Fogliatto & Fagundes – Troca Rápida de Ferramentas: Proposta Metodológica e Estudo de Caso
da TRF é a produção econômica de pequenos lotes de fabricação, o que geralmente exige baixos investimentos no processo produtivo (Shingo, 2000). Além disso, a TRF reduz a incidência de erros na regulagem dos equipamentos (Harmon & Peterson, 1991). O lead time é fator diferencial