administrativo
“anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de conseqüências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a própria humanidade”
Nesta batalha pela dignidade e pela vida, entretanto, a história nos conta que estes indivíduos quase sempre tornaram-se os perdedores, conforme indigna-se o doutrinador Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamin², que em sua obra Direitos da Pessa Portadora de Deficiência, explica que:
"[...], é de admirar que problema tão antigo, que se confunde com a própria origem do homem, só de pouco tempo pra cá tem merecido a atenção do legislador."
Ou seja, um problema tão antigo quanto a humanidade, e que desde a antiguidade, até meados do século XX, notoriamente segregou os deficientes a uma margem nefasta da sociedade, que sempre fora marginalizada e desprovida de quaisquer favorecimentos que os tornassem úteis, para aquilo que não lhes era impedido pela sua deficiência.
Datam aproximadamente de 2.500 a.C. o surgimento dos primeiros escritos no Egito Antigo. E este povo foi o responsável por deixar a representação mais antiga de que se tem notícia da existência e da forma como sobreviviam os indivíduos com deficiência. Vinicius Gaspar Garcia³, em sua tese de doutorado, afirma que dentre o vasto legado histórico do povo egípcio, múmias, papiros e exemplares de arte (pinturas e