Ademar
Médicos e afins
Adentro a emergência do hospital, após pouco tempo de espera e o preenchimento da fichas cadastrais de praxe sou atendido pelo médico, vulgo dr. House:
Boa tarde está com dor aonde? Respondo de pronto, na barriga, O médico continua sua argüição e pergunta: a dor queima, arde, espeta. Penso comigo, caramba difícil responder essa pergunta, é uma dor que dói em um lugar que não doía, eu nem sabia desse lugar em meu corpo. Pela cara do Dr. House, não estou me saindo bem com as respostas. As perguntas continuam, dói quando aperta ou quando solta (...)
Não consigo responder nada a contento, começo a ficar nervoso, suo frio e meu coração acelera, estou indo muito mal no teste com o Dr. House do Pronto Socorro. Levanto e vou embora, percebo que não me conheço o suficiente para ir ao médico.
Um colega advogado amigo meu mudou-se de Curitiba para Florianópolis e motivado pelos novos ares da sua cidade tornou-se um entusiasta da musculação, transformando-se em um cara forte. Certa feita, ele foi com seu pai a uma praia de Floripa. Chegaram cedo e começaram a preparar o local para a chegada das crianças e das respectivas esposas.. O pai deste colega advogado é um senhor de idade extremamente afetuoso e carinhoso, que gosta de distribuir abraços e beijos em toda sua família, sem distinção. A cena então era a seguinte: o senhor de idade com cabelos brancos e longa barba branca abraçava e beijava com entusiasmo o rapaz que usava sunga, diz-se de gosto duvidoso. Uma senhora sentada ao lado deles, começou a olhar para a dupla e, em um certo momento, passou a reprovar com a cabeça a conduta da dupla. Quando meu amigo resolveu tomar um banho de mar, a senhora aproveitou-se do momento e comentou com o vovô que ele era um senhor “sem vergonha, malandro”. A princípio, o vovô grisalho achou que a senhora reprovava sua forma física. Este passou então a se defender, dizendo que ele estava fazendo regime e havia começado na academia fazia pouco,