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1 - Introdução à Geomorfologia
As formas de relevo são o objeto da geomorfologia, se elas existem é porque foram esculpidas e para que isso aconteça é necessário um determinado processo ou um grupo de processos. Podemos definir processo como sendo uma sequência de ações regulares e continuas que levam ao resultado da forma esculpida.
Através da análise das formas de relevo e seus processos podemos entender algumas dinâmicas topográficas atuais, assim como as camadas sedimentares, com suas estruturas deposicionais são importantes fontes de informações paleogeográficas.
Na geomorfologia, o conceito de sistema pode ser definido com sendo um conjunto dos elementos e das relações entre si e entre seus atributos. Nos estudos dos sistemas alguns aspectos devem ser abordados, como: matéria, energia potencial e energia cinética, e estrutura. A matéria corresponde ao material que vai ser mobilizado pelo sistema. A energia potencial é a força inicial que leva ao funcionamento do sistema, ela desencadeia a movimentação do sistema. A energia cinética é expressa no movimento do material, é a energia do movimento. A estrutura do sistema é constituída pelos seus elementos e suas relações, um exemplo é um rio, que é elemento de um sistema, mas pode ser concebido como um sistema em si mesmo. Ao se tratar de estrutura, ainda deve ser considerado três características básicas, ou fundamentais, que são o tamanho, a correlação e a causalidade. Na classificação dos sistemas na geomorfologia, podemos utilizar um critério funcional ou de acordo com sua complexidade estrutural. Os sistemas isolados são aqueles que de acordo com suas condições iniciais, não recebem ou perdem mais nenhuma matéria ou energia do ambiente ao seu redor. Os sistemas não isolados são aqueles que mantêm ainda relação com o universo ao seu redor e podem ser encontrados como abertos ou fechados. Os sistemas morfológicos são as formas e que se compõem