distomatose animal
A Fasciola hepatica Linné, 1758 é classificada entre os Platyhelmintes, e está dentro da classe Trematoda. Estes parasitas são acelomados, possuem tubo digestivo incompleto, seu corpo possui forma de folha e pode chegar a 3 cm de comprimento (URQUHART ET al., 1998; FORTES, 2004).
Os hospedeiros definitivos deste trematóide são ruminantes, coelhas, equinios e acidentalmente o homem. O seu ciclo evolutivo só se completa na presença de água e de um hospedeiro intermediário, um caramujo aquático do gênero Lymnea (FORTES, 2004; THADEI, 2007; MERIAL, 2007).
Quando os ovos do parasita adulto são eliminados, juntamente com as fezes do hospedeiro definitivo, próximo a água desenvolve-se dentro dele a primeira fase larval, o miracídio. Esta larva ciliada nada em busca do hospedeiro intermediário, onde irá se transformar em esporocisto, depois em rédia até a fase de cercaria. A cercária abandona o caramujo e procura a vegetal nas margens da lagoa onde se adere e se transforma em metacercária. Os hospedeiros definitivos infectam-se quando se alimentam dessa vegetação com metacercárias. Ao chegar ao intestino delgado do hospedeiro definitivo, a metacercária se liberta do cisto e atravessa a parede intestinal, cai na circulação indo se alojar no fígado e ductos biliares (FORTES, 2004; THADEI, 2007; MERIAL, 2007).
Epidemiologia A doença tem distribuição mundial, principalmente em regiões onde as condições climáticas são adequadas para os moluscos que servem como hospedeiro para o parasito (MERIAL, 2007). No Brasil, as áreas mais atingidas pela F. hepatica estão localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás (CUNHA et al., 2007). A Fasciola hepatica tem alta freqüência no Rio Grande do Sul, especialmente no sul e sudeste do Estado, onde a fasciolose é endêmica. A ocorrência desta parasitose está ligada a presença de moluscos do gênero Lymneae (Lymnaea columella), hospedeiro intermediário, bem