Acordo de alvor
Até o contato com os portugueses no século XV, a região é habitada por tribos que praticam agricultura itinerante e criação de animais, e pagam tributos ao Reino do Congo. Tornou-se colônia portuguesa depois da exploração em 1482.
Os portugueses fundam cidades como Luanda (1576) e Benguela (1617) que servem de base para o comércio de escravos. O tráfico escravo floresceu causando atrito e guerra no começo do século XVII. Explorando rivalidades tribais, os portugueses expandem seus domínios... Dez mil escravos foram exportados anualmente de Luanda...
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 3 milhões de angolanos são enviados como escravos para o Brasil[->0]...
As fronteiras oficiais são estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que define a partilha da África entre potências europeias... Bem depois, Angola tornou-se Província de Portugal em 1951...
A intransigência do colonialismo português na manutenção das províncias ultramarinas desperta, a partir de 1961, conflitos armados organizados pela União dos Povos Angolanos (UPA). A luta anticolonial divide-se em três grupos que refletem diferenças étnicas e ideológicas: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), multirracial e marxista pró-URSS, com predomínio da etnia kimbundu; a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), anticomunista, sustentada pelos EUA e pelo ex-Zaire, com suas bases na etnia bacongo (norte do país); e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente de orientação maoísta, mas que depois se torna anticomunista e recebe o apoio da África do Sul. Tem forte presença da etnia ovimbundus (centro e sul).
A rivalidade entre os três movimentos de libertação transforma-se em confronto armado a partir de abril de 1974, quando o governo instalado em Portugal, após a Revolução dos Cravos, anuncia o plano de descolonização.
O Tratado de Alvor, firmado em janeiro de 1975, entre Lisboa e os três grupos, prevê um