Acesso
O sistema de saúde universal, com atenção integralizada e equânime foi garantido na legislação brasileira com a construção do SUS, entretanto, limites associados a fatores socioeconômicos ou pelas barreiras geográficas torna o acesso aos serviços de saúde seletivo, focalizado e excludente. Buscando organizar a questão do acesso aos serviços de saúde foi adotado quatro dimensões explicativas para categorizar o acesso e analisar as condições de acessibilidade da população que são: política (relativo ao desenvolvimento da consciência sanitária e da organização popular), econômica (é referente à relação entre oferta e demanda) , técnica (relativo à planificação e organização da rede de serviços) e simbólica (modelo das representações sociais acerca da atenção e ao sistema de saúde).
Portanto, se o sistema tem caráter descentralizador, isso, permiti maior acesso dos usuários ao sistema e operacionaliza a categoria acesso, abrangendo os vários planos de produção dos serviços, associando com as diferentes instâncias dos serviços. As dimensões que compõem a categoria acesso abarcam fatores bem distintos da mera acessibilidade organizacional aos serviços, como: a participação popular e o controle social, a equidade, a coerência dos serviços com as necessidades da população, as estratégias, as táticas e a alocação de recursos e a autonomia.
O acesso é o primeiro entrave do usuário que busca os serviços de saúde para resolução de problemas, pois tem que passar por toda uma logística como disponibilidade ou não do serviço, a distância desses serviços, as práticas ofertadas; os recursos disponíveis, a capacitação técnica dos profissionais que atuam na unidade de saúde e de que forma têm se responsabilizado pelos problemas da população, a quem e como devem prestar serviço.