academico

A VIOLÊNCIA DAS RUAS:

Gostaria de maneira clara relatar a luz de Hobbes, Locke, Rousseau e posicionamentos dos Black Bloc sobre as recentes manifestações ora ocorridas em várias cidades brasileiras. Para Hobbes que viveu na Inglaterra durante uma época turbulenta, agitada por lutas internas, convém atentarmos para isso, se quisermos entender a doutrina de Hobbes, o qual só via a salvação do Estado num poder tal que fosse capaz de dominar com ampla autoridade todas as lutas e paixões individuais. Ele é, por isso, um teórico do absolutismo, e sob esse aspecto acredito que leu muito Nicolau Maquiavel. Afirma que o homem não é sociável por natureza, egoísta, procura só o próprio bem, insensível ao bem dos outros; e se fosse governado atendendo apenas aos pendores da sua natureza, seria inevitável uma guerra permanente entre todos os indivíduos, pois cada qual trataria de obter só vantagem. Neste estado de natureza o direito individual não tem limites, a pura realidade das ruas. Porém. Hobbes afirma também que para o homem abandonar este estado de natureza, tão mísero e odioso pelos perigos que a guerra consigo sempre arrasta, só é possível através de um contrato, cujo conteúdo seja a renúncia de cada homem à sua liberdade ilimitada, própria do estado de natureza. Segundo Locke a invenção da moeda pelos seres humanos teria sido o passo decisivo para a introdução da desigualdade econômica entre os homens, e exigiu a criação de um poder artificial capaz de manter a todos em paz e segurança. No entanto, para Locke, o povo é sempre soberano e só transfere alguns de seus direitos de natureza em confiança ao poder legislativo, o poder supremo entre os poderes do Estado, embora ao executivo caiba o exercício da prerrogativa. Por fim, discute-se a distinção entre dissolução do governo e dissolução da comunidade política, uma diferenciação que chegaria até nos e faria escola no pensamento político. Eis aí a soberania popular, o povo sai as ruas com ou sem