Academico
O Brasil é historicamente marcado por ser um Estado centralizador, que visou desde sempre o desenvolvimento industrial e financeiro, deixando em segundo plano as preocupações sociais. Tudo isso não fica no passado. Se analisarmos a história recente do país e das políticas públicas, percebe-se que estas são muitas vezes resumidas às questões financeiras, deixando de lado as ações de bem-estar social. Isso é, sem dúvidas, um atraso para desenvolvimento do país, já que nenhuma nação pode ser desenvolvida se suas taxas de pobreza, mortalidade, exclusão social, degradação ambiental, entre outros, estão assustadoramente altas. Não adianta esperar crescer o bolo para depois dividi-lo. Para tanto, precisa haver algumas reformas na maquina do Estado. Dentre elas, vejo como a mais importante o aumento da participação popular na tomada de decisões e para a formulação de uma agenda para os municípios, estados ou União. Primeiramente, é preciso mudar a ideia de que o que é público é essencialmente estatal. Isso é uma questão cultural que ainda assola a mentalidade de muitos brasileiros e acaba por atrasar ainda mais o desenvolvimento social, uma vez que impede os cidadãos de questionar medidas estatais ou até mesmo de buscar participar da tomada de decisões para políticas públicas que afetam diretamente a sociedade. É por isso que uma das principais discussões hoje é em torno da participação social; com ela, é possível fazer políticas sociais que atendam da melhor
forma possível os principais interesses da população e, consequentemente, acelerando o desenvolvimento. O desenvolvimento real do país só será possível quando os formuladores de políticas desenvolvimentistas levarem em consideração a heterogeneidade do Brasil. Uma ação que deu certo do Sudeste brasileiro, não dará necessariamente certo no Nordeste se não se aterem as especificidades de cada região e, principalmente, se as ações não