INSULINA E FÁRMACOS HIPOGLICEMIANTES ORAIS
Visão terapêutica Geral
O termo diabete melito compreende um grupo de afecções patológicas de etiologias e gravidades diferentes baseadas no pâncreas endócrino. Diabete deriva da palavra grega diabétés, que significa “sifão”, para denotar a produção copiosa de urina em indivíduos com esta afecção. O diabete é conhecido há pelo menos 2.000 anos; no entanto, o médicos antigos não distinguiam o diabete melito de uma outra doença, o diabete insípido. Ambas as doenças envolvem o sistema endócrino e geram um volume urinário aumentada, porém, exceto por esses fatos, não apresentam nenhuma relação. A observação de que a urina de alguns tipos de pacientes diabéticos tinha um gosto adocicado (um procedimento diagnóstico comum, embora repugnante) ao passo que a urina de outros tipos era insípida levou à primeira distinção entre o diabete melito e o diabete insípido. (Fig. 39.1)
(Fig. 39.1) O diabete insípidio resulta de uma deficência de hormônio antidiurético(vasopressina), um hormômio necessário para a absorção de água nos rins,um indivíduo que careça deste hormônio pode produzir litros de urina insípida diariamente. A glicose confere o gosto adocicado á urina no diabete melito (mellitus é a palavra grega latinizada que significa “com mel”).Na doença não tratada, a glicose sanquínea eleva-se até concentrações muito superiores ás normas e gera concentrações aumentadas de açúcar no filtrado glomerulas.O rim apresenta um sistema de transporte ativo de glicose que normalmente bombeia praticamente todos o açúcar para fora da urina. Entretanto, quando as concentrações de glicose atingem aprocimadamente 200mg/(11mM), o sistema de transporte fica saturado e a glicose extravasa para a urina, resultando em diurese osmótica. A presença de corpos cetônicos(discutidos adiante) na urina também pode contribuir para a diurese. No início da oitava década do século passado foi descrito que a