Aborto

20455 palavras 82 páginas
Este é o primeiro de uma série de artigos cujo escopo é claro: mostrar a fraude na argumentação pró-aborto. O projeto da plena legalização do aborto e até mesmo do infanticídio é um objetivo há muito tempo almejado por esquerdistas, feministas e também pela burocracia globalista, os quais para tanto utilizam de toda a fraude possível que lhes esteja ao alcance. Algumas dessas fraudes são sutis, mas a maioria delas é formada por falsificações absolutamente grosseiras dos números, da História, dos fatos, enfim. Qualquer estudo minimamente sério chegará a tais conclusões. É este tipo de estudo que me proponho a realizar.
A idéia inicial era escrever um artigo único sobre o assunto, mas isto se revelou absolutamente impossível. A militância abortista criou uma plêiade de mitos dos mais diversos para justificar o injustificável, o que demanda uma refutação com um mínimo de detalhismo. Acresça a isso ainda a frase de Olavo de Carvalho: “uma lei constitutiva da mente humana concede ao erro o privilégio de poder ser mais breve do que a sua retificação”(A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci, Rio, IAL & Stella Caymmi, 1994). Eis a razão da amplitude deste artigo e sua divisão.
1º Mito: são realizados milhões de abortos e muitas mulheres morrem neles.
Quando na década de 1960 as organizações pró-aborto nos EUA elaboraram sua estratégia para legalizar este crime, o primeiro mito que criaram foi sobre os supostos milhões de abortos e as supostas milhares de mortes de mulheres por eles causadas. Como sabemos que isto foi uma mentira estratégica deliberada? Dentre outros motivos, porque ela, tempos depois, foi revelada por um de seus autores: o médico Bernard Nathanson[1].
O Dr. Nathanson foi um ginecologista e obstetra ligado à Planned Parenthood: a principal instituição promotora do aborto nos EUA – nascida inicialmente como uma instituição de planejamento familiar com finalidades eugênicas. Cabe aqui colocar este ponto antes de voltar ao assunto

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