Aborto
Há que se defender, contudo, que a vida começa na concepção, já que, quando da fecundação, um novo ser humano é formado, com características genéticas ímpares (que determinam, por exemplo, o sexo, a cor dos olhos e dos cabelos, e o tom de pele), o que nos impede de considerá-lo mero prolongamento do corpo materno. Ademais, só o óvulo humano fecundado pode desenvolver um ser humano adulto, o que ocorrerá, com o passar do tempo, através da nutrição.
Entre cinco e nove dias após a concepção, o novo indivíduo se encrava na parede do útero em busca de segurança e alimentação. Seu sexo já pode ser determinado por meios científicos. Por volta de quatorze dias, a criança produz um hormônio que suprime o período menstrual da mãe. Serão mais duas semanas até que características claramente humanas sejam discerníveis e mais três até que se tornem óbvias. Contudo, a criança é um membro completo da raça humana.
Na concepção, o bebê não-nascido não parece humano para nós que estamos acostumados a julgar a humanidade pela aparência. No entanto, na lógica objetiva científica, ele é tão humano, em cada pedacinho, quanto qualquer criança mais velha ou um adulto. Ele tem a aparência que um ser humano deve ter neste estágio de desenvolvimento.
No 18º dia da concepção, o coração está se formando e os olhos começam a se desenvolver. Por volta do 21º dia, o coração está bombeando sangue por todo o corpo. Por volta do 28º dia, o bebê não-nascido possui braços e pernas em desenvolvimento. Por volta do 30º dia, ele tem cérebro e multiplicou dez mil vezes de tamanho.
Por volta do 35º dia, a boca, orelhas e nariz estão tomando forma. No 40º dia, as ondas cerebrais do bebê não-nascido podem ser gravadas e sua batida cardíaca que começou três semanas atrás já pode ser detectada por um estetoscópio ultrassônico. Por volta do 42º dia, o esqueleto está formado e o cérebro está controlando o movimento dos músculos e órgãos.