Aspecto Psicossociais
Qualquer evento novo ou desconhecido gera nas pessoas um sentimento de ansiedade e medo. A ansiedade é a reação ao perigo ou à ameaça. Cientificamente ansiedades imediatas ou de período curto, são definidas como reações de luta e fuga. É assim denominada porque visa lutar ou fugir do perigo. Dessa maneia objetiva prioritariamente proteger o organismo. No âmbito da cirurgia, não é diferente. É possível supor que a antecipação desse evento desencadeia sentimentos potencialmente negativos baseados na avaliação cognitiva de cada indivíduo.
As avaliações cognitivas dependem dos dados de realidade que o indivíduo possui, os quais são constituídos através das experiências que teve ao longo da vida, dos significados atribuídos a estes eventos e de suas formulações sobre a cirurgia, neste caso específico.
A maneira que o paciente percebe a ameaça, no caso a cirurgia, ou seja, o significado que atribui a ela, é mais importante do que a própria cirurgia. A partir da percepção, surgem comportamentos de ajuste, os quais têm como objetivo enfrentar o estresse e a ansiedade desencadeados por este momento (Peniche, Jouclas & Chaves 1999).
Quando um paciente recebe a notícia de que terá que se submeter a um procedimento cirúrgico, automaticamente ficará focalizado nas implicações deste evento em sua vida. A doença, o diagnóstico e a necessidade da cirurgia como forma de tratamento significam que a saúde da pessoa está debilitada. Assim, o passo seguinte é se adaptar a esse contexto de forma adequada.
Fiorentino (2005) destaca que a situação cirúrgica requer que o individuo se reacomode e se adapte à nova situação.
A situação cirúrgica é complexa sendo, pois, um evento multideterminado, com diversas variáveis combinadas que interagem constantemente entre si.
Seguindo essa linha de raciocínio, é necessária uma visão completa do fenômeno. Existem cinco tipos de variáveis interdependentes que são observadas: as físico-químicas, as biológicas, as