aspectos psicossociais
A família é,geralmente, onde ocorrem as primeiras experiências sociais da criança,e portanto as mais importantes ao desenvolvimento do indivíduo possuidor de paralisia cerebral(P.C.).Estas experiências podem marcar profundamente o senso de identidade, de diferença,valor próprio,aceitação e outros.Além disso,fornecem referências,assimiladas através das reações e formas de interagir dos familiares,sobre o significado e gravidade que a condição do portador de P.C. tem para os demais.
Portanto,é crucial que os pais sejam,desde o início,orientados e auxiliados a,primeiramente,lidar e superar a frustração de não terem tido um filho “normal,saudável”,geralmente idealizado durante a gestação.Pois somente trabalhando esta tristeza e desolação,que normalmente se segue ao choque inicial da notícia,os mesmos poderão começar a manisfestar,ainda que gradativamente,a aceitação da criança,sentimento fundamental para o desenvolvimento emocional e psicossocial da mesma.
É necessário que,apesar dos cuidados específicos à sua condição,a criança com deficiência seja tratada social e afetivamente da mesma forma que as demais crianças.Embora não deva se sentir rejeitada,tampouco deve sentir-se como vítima,impotente,motivo de sacrifícios alheios e de um drama familiar.Não é desejável mantê-la dependente em nada mais que o necessário,dando a ela a possibilidade de se adaptar e superar dificuldades,até o limite possível.
Além disso,a proteção e dependência excessiva da criança em relação à mãe e outros cuidadores,pode dificultar seu processo de individuação,torná-la insegura e,consequentemente,mais difícil sua socialização posterior.De qualquer forma,sua integração a outros grupos sociais,como o terapêutico e o escolar,deve ser feita de forma gradual.
Para propiciar o melhor desenvolvimento psicossocial possível ao portador de P.C.,segundo diversos pesquisadores,é importante que sejam trabalhados 2 principais fatores psicológicos:a auto-estima e o coping.