Aspectos psicossociais relacionados ao adoecimento
2.1 – O adoecer
Adoecer, tornar-se doente ou enfermar segundo a semântica vem do latim “addolescer – de “dolensentis” – que siginifica mais do que apenas a ausência de sintomas desagradáveis.
As definições de “saúde e doença” variam entre indivíduos, grupos culturais e classes sociais. Na maioria dos casos, a saúde significa mais do que a ausência de sintomas desagradáveis.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) a define como“ um estado completo de bem estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Esta definição ampla da OMS pretende contemplar três grandes aspectos relacionados ao binômio saúde/doença.
O primeiro diz respeito à importância de ser a saúde um estado completo de bem estar físico, mental e social. Deste ponto de vista, vários aspectos do bem-estar existencial devem estar integrados para que haja saúde.
Neste sentido, vários estudos têm demonstrado a importância de fatores individuais, culturais e sociais na percepção e no desenvolvimento da doença orgânica e da enfermidade. Os cortes metodológicos de classe, raça, etnia e gênero impõem variações consideráveis nos estudos sobre uma mesma patologia, ou mesmo sobre aspectos saudáveis do desenvolvimento normal. A menarca nas adolescentes e a menopausa nas mulheres adultas são exemplos de como a idade do início da reprodução pode variar em função das condições econômicas, da alimentação; e de como os sintomas a essas associados na sociedade ocidental, não estão presentes, por exemplo, na sociedade oriental.
No caso do presente estudo, o recorte fundamental será o de gênero, por privilegiar uma patologia que atinge órgãos da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, e que decorre prioritariamente de infecção sexualmente transmissível, atingindo de modo ímpar a população feminina.
A saúde da população também está correlacionada a outros indicadores do desenvolvimento, tais como: escolaridade,