Aborto de fetos anencéfalos

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O ABORTO DE FETOS ANENCÉFALOS
WALKIRIA MENDES C. STEFFANI
Curso: Biomedicina

Introdução

Hoje em dia vem-se discutindo no país o aborto no caso de fetos anencéfalos. A anencefalia é a malformação do tubo neural caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana. Defende-se assim que o feto anencéfalo é um feto morto, segundo o conceito de morte neurológica. Mesmo que levada pra frente essa gravidez o feto não terá nenhum um segundo de consciência, é por tanto um feto morto.
Em relação à interrupção dessa gravidez, desde 1992, juízes e promotores públicos autorizaram cerca de 3000 casos de aborto de fetos anencéfalos no Brasil. Tal discussão gera uma grande disputa em diversos aspectos tanto éticos, como religiosos, jurídicos, etc.

O aborto de fetos anencéfalos deve ser permitido?

Sabemos que um feto com anencefalia está condenado à morte sem outra opção. Este caso envolve dor, frustração. Imagina uma gestante, uma mãe fazer um exame pré-natal e descobrir que o feto tem anencefalia e que não à possibilidade de viver. Sem dúvida, ao acompanhar o sofrimento dessa mãe aguardando durante cinco meses a parada cardíaca intra-uterina ou o parto do que não será uma criança viva qualquer profissional de saúde sofre angústia moral. O aborto deveria sim ser legalizado em caso de demonstração de impossibilidade de vida, a lei é bem clara quando exclui essa possibilidade. A lei bate em cima de que o feto possui batimentos cardíacos, circulação sanguínea, e isto já caracterizam vida.
Mais eles tem que lembrar que o produto desta gestação só possui a “vida” devido ao metabolismo da mãe, e que esta criança ao nascer não conseguira “sobreviver” e seria constatada assim a morte. É hipocrisia a lei aceitar a morte encefálica do paciente como prioridade para o transplante, e a não aceitar no caso do feto anencefálico. Não é necessária uma mãe sofrer e carregar em seu ventre um filho que não tem a possibilidade de viver