Abordagem humanista da administração
A teoria das Relações Humanas passou a dominar a teoria administrativa, com a publicação do livro de Roethislberger e Dickson, a partir dos relatos das experiências de Hawthorne. O final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a serem revistas e alteradas.
1. OPOSIÇÃO CERRADA À TEORIA CLÁSSICA.
Em muitos aspectos, a Teoria das Relações Humanas foi diametralmente oposta à Administração Científica: os fatores considerados decisivos e cruciais por uma escola, mal eram focalizados pela outra, e as variáveis que uma considerava centrais eram quase ignoradas pela outra.
2. INADEQUADA VISUALIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE RELAÇÕES INDUSTRIAIS.
Enquanto os autores clássicos não viam o conflito industrial, uma vez que acreditavam na perfeita compatibilidade entre os interesses da empresa e os dos empregados (o que é bom para a organização, como os métodos racionalizados de trabalho, é igualmente bom para os empregados, pois trazem melhor remuneração), os autores da Escola das Relações Humanas enfatizavam o conflito industrial entre os interesses da organização e os interesses dos empregados como basicamente indesejável. Assim, procuram promover a harmonia industrial, descurando-se das importantes funções sociais do conflito. A função do administrador passa a ser substancialmente a de solucionar conflitos, evitando que eles apareçam e interfiram negativamente na harmonia industrial. Essa inadequada visualização dos problemas das relações industriais tem suas causas no fato de a Teoria das Relações Humanas terem sido um produto da ética e do espírito democrático então vigente nos Estados Unidos. Por meio dessa teoria, o administrador americano passou a encontrar um instrumento clínico para solucionar problemas de conflito e de insatisfação humana no trabalho. Daí o seu caráter pragmático e orientado para a ação: visava implantar medidas capazes de