3 O Movimento Integralista
Deus - Pátria - Família
O Movimento Integralista
Por Plínio Salgado
“Só os unilateralistas do socialismo e do liberalismo podem engendrar o Estado Totalitário; nunca, porém, os integralistas e isso por uma questão de coerência doutrinária.”
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O Movimento Integralista brasileiro é um movimento de cultura que abrange: 1º) Uma revisão geral das filosofias dominantes até o começo deste século e, consequentemente, das ciências sociais, econômicas e políticas; 2º) A criação de um pensamento novo, baseado na síntese dos conhecimentos que nos legou, parceladamente, o século passado. O Integralismo, pois, no Brasil, é bem diverso do Integralismo francês de Charles Maurras, porque esse não passa de um “nacionalismo integral”, com a preocupação de restaurar as tradições; diverso é, também, do Integralismo lusitano, que transplantou o sentido tradicionalista da corrente gaulesa, com a tendência de reatar o processo social moderno ao espírito medievalista; e diferente é, por outro lado, não só do “racismo” alemão, cuja tese da superioridade étnica exprime um prejuízo de cultura, como, ainda, do “fascismo” italiano, ao qual somente nos assemelhamos no concernente à nova atitude do
Estado, em face da luta social. Trata-se, portanto, de um movimento original, genuinamente brasileiro, com uma própria filosofia, um nítido pensamento destacado na confusão do mundo contemporâneo.
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A Europa sofre hoje de numerosos males, porém, o pior de todos é o apego a vícios de cultura, a inveterados hábitos, preconceitos de doutrina e costumes sociais e políticos difíceis de serem removidos. Aos prejuízos culturais de uma civilização capitalista e burguesa, contrapôs-se a superstição e o fanatismo das correntes socialistas. Nos dois campos, a visão dos problemas é unilateral, de sorte que o Velho Mundo (ao qual podemos juntar os Estados
Unidos da América do Norte) tem hoje uma vista vazada, e os que não vêem as coisas unicamente