1º fase da borracha
A ocupação da Amazônia pelos portugueses limitou-se aos fortes militares e às missões religiosas. Para Portugal era quase impossível realizar uma maior ocupação na região devido aos seguintes fatores:
Não havia população suficiente na metrópole;
As dificuldades de ocupação da vasta área amazônica eram inúmeras devido à densa floresta;
A região não apresentava tanto interesse quanto o lucrativo nordeste açucareiro.
Desde o século XVII até quase o final do século XIX, São Luís no Maranhão e Belém no Pará, constituíram os dois principais espaços geográficos construídos na Amazônia. Em São Luís e arredores desenvolveu-se a cultura do algodão, cana-de –açúcar, arroz e tabaco. Quanto a Belém na porta de entrada do golfão amazônico, transformou-se no principal núcleo urbano regional no século XVII, mantendo essa posição até os dias atuais.
Por volta de 1870, a Amazônia começou a receber grande número de migrantes, principalmente de nordestinos em decorrência de dois fatores::
A seca prolongada que se abateu no sertão nordestino;
A extração do látex para a fabricação da borracha;
A essa altura a borracha era um produto concorrido no mercado mundial pois Charles Goodyear já havia inventado o processo de vulcanização. Entretanto foi a partir de 1888, após a invenção do pneu pelo escocês Jhon Boyd Dunlop e da invenção do automóvel, que a borracha passou a ter grande importância. Transformou-se num produto de grande valor e de grande procura pelas indústrias de pneus. Em vista desses acontecimentos, a produção da borracha na Amazônia aumentou consideravelmente. A produção passa de 8.500 t em 1880 para mais de 41.000t em 1910, pois metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia.
Muitos conflitos decorrentes da maior presença de brasileiros que de bolivianos, nesse território levaram o Brasil com a Bolívia a assinar o Tratado de Petrópolis em 1903. Por meio desse tratado o Brasil comprou o Acre por 2 milhões de libras