1900
O surgimento de um povo novo: o brasileiro.
Capistrano de Abreu, “Heródoto do Povo Brasileiro”
O capitulo se inicia contado sobre a vida e a criação de Capistrano, o ponto alto desta parte é o fato do pai dele ter sido uma pessoa muito severa, a criação extremamente católica em uma casa onde trabalhavam negros, agregados e a própria família. Também aponta a aparência dele que segundo a descrição não era das melhores, porém sua mente brilhante contagiava quem o conhecia.
“Em 1875, esse “nordestino feioso” desceu para um mundo desconhecido, incerto, “sozinho, sozinho”. Chegou ao Rio com 21 anos. Apesar de sua resistência ao bacharelismo, tinha uma boa bagagem intelectual: lia francês e inglês, conhecia filosofia, literatura, história e geografia”.
“[...] Capistrano é um homem humilde, discreto, tímido, avesso a títulos e glórias e indiferente à sua audácia e pericia de um trabalho que realiza”.
Esse trecho mostra que o próprio Capistrano não gostava de suas produções, e não era um leitor assíduo de seu trabalho.
Varnhagen e Capistrano
Capistrano foi um grande leitor da obra de Varnhagen e juntamente com isso também foi extremamente crítico, será a partir da obra de Varnhagen que ele reavaliará a interpretação da História do Brasil. As diferenciações nas origens sociais de ambos é um dos fatores e as influencias inglesas e alemãs.
“A preocupação cientificista de Capistrano era a de toda uma nova geração. [...] essa geração quer reinterpretar a história brasileira, privilegiando não mais o Estado imperial, como Varnhagen, mas o povo e a sua constituição étnica”.
Dentro dessas novas buscas pelo estudo da História havia os que defendiam o cientificismo social, baseados em teorias racionais com o darwinismo e os que separavam natureza e cultura.
Capistrano: Positivista ou Rankiano?
O desenrolar do seguimento de Capistrano é um pouco confuso pelo fato de ter estado em instituições dos dois tipos para alguns autores