Republica de Cromwell; Restauração e Revolução Gloriosa de 1688
Apesar do governo ditatorial de Cromwell tenha sido de breve duração, teve muita importância quanto as suas realizações, que permaneceram em essência após a Restauração. Com o feudalismo suprimido, os obstáculos que impediam o desenvolvimento do capitalismo foram eliminados. E a Inglaterra consolida a sua vocação para potência marítima.
A República de Cromwell (porém, não as suas realizações) não segue após sua morte. Porque representava apenas o poder do exército, que precisava do Parlamento para governar. E Cromwell, apesar de ditador, recorre ao Parlamento. Enquanto o exército viveu dos bens da Coroa e da Igreja, a permanência do Governo não pesava sobre a classe dominante, porém, depois do dinheiro acabado, o custo pesou e se viram obrigados a pagar elevados impostos.
A Restauração e a Revolução Gloriosa de 1688
Com a Restauração, o conservadorismo chega a seu termo lógico, mas, apesar disso, o Antigo Regime (monarquia) não volta a dominar. Com a volta do Parlamento a ser soberano político, representando apenas o interesse dos proprietários rurais. Carlos II era rei apenas por vontade do Parlamento, mesmo afirmando ser vontade de Deus. Os grandes derrotados da Restauração foram os movimentos democrático e puritano. A explicação da Restauração vem do medo da classe dominante, juntamente com a volta do Anglicanismo, que não era mais soberana, pois também houve separação entre Estado e Igreja. Contudo, os que não seguiam ao Anglicanismo, chamados de “não conformistas”, mesmo sendo tolerados, eram excluídos da vida política.
A Revolução Inglesa e a Restauração, fora chamada “Gloriosa Revolução” por ter sido sem derramamento de sangue, sem “anarquias”, e sem possibilidades de revivescência das exigências revolucionárias-democráticas. O período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política, em que o capitalismo poderia se desenvolver sem impedimentos.