Costumes do brasil 1900
No início de 1900, para ser considerada de bom gosto, a moda necessitava do uso de cores pastéis, leves e suaves. As cores vigentes eram o rosa pálido, o azul claro, o malva e o preto, que, quando usado, era recoberto de lantejoulas adquirindo muito brilho. As mulheres do início do século XX faziam o possível e o impossível para demonstrar fragilidade. Comparando-se a delicadas flores, podiam fenecer em poucos segundos se algo lhes ferisse a sensibilidade. A palidez era imprescindível. Para se atingir este objetivo, tudo era válido, inclusive tomar vinagre e se esconder do sol e do ar fresco. Bronzeado, então, nem pensar, era o supra-sumo da vulgaridade. As cores das roupas refletiam esta postura. Além dos tons suaves, estavam muito em voga as estampas florais. Estas compunham-se com sapatos, pequenas bolsas e chapéus.
Após 1886, as coisas haviam começaram a mudar, quando Harriet Hubbard Aver passou a promover o uso de cremes faciais e outros produtos contra o envelhecimento. Em uma época em que o valor da mulher estava na sua beleza, juventude e fertilidade (aliás, como ainda hoje), não é de se admirar que estas batalhassem para evitar os estragos da idade. Para as jovens debutantes, as únicas cores aceitáveis eram o branco ou tons extremamente claros, quase apagados. Esta regra era seguida por todas as mulheres, pelo maior tempo possível. A cor clara e suave das roupas era complementada pela fragrância de lavanda. Para ser considerada uma dama a mulher tinha, obrigatoriamente, que cheirar a lavanda. Qualquer outra essência era considerada vulgar e de mal gosto.
O cabelo era considerado a coroa de glória da mulher. Sempre longo e abundante, era muito comum o uso de apliques para se obter este efeito. No seu afã de parecerem sempre jovens e naturais, os cabelos eram tingidos e as ondas eram um must. Em 1908, Marcel de France introduziu o Marcel wave, uma nova técnica de encrespar os cabelos com a ajuda de ferros quentes, técnica esta