O colonizador português
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime patriarcal. 31° Ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.
*Stefani Coutinho Silva
Gilberto de Melo Freyre nasceu em Recife (PE) em 1900 e faleceu em Julho de 1987. Filho do professor Alfredo Freyre e de D. Francisca de Mello Freyre. Graduou-se nos Estados Unidos bacharel em artes Liberais pela Universidade de Baylor (Waco, Texas) e especializou-se em Ciências Políticas Jurídicas e Sociais na Universidade de Columbia (Nova York), onde em 1962 recebeu o grau de doutor máximo.
Organizou, em 1926, o Primeiro Congresso Regionalista que se realizou nas Américas, e , em 1934, o Primeiro Congresso Afro-brasileiro, ambos realizados em Recife. Em 1957 foi distinguido com o Prêmio Anisfied – Wof para o melhor trabalho mundial sobre as relações raciais, conferindo a 2° edição inglesa de Casa Grande e Senzala.
Casa Grande e Senzala foi publicado em 1933, após exaustivas pesquisas em arquivos nacionais e estrangeiros. O livro que revoluciona os estudos sociais no Brasil, tanto pela sua novidade dos conceitos e métodos utilizados, quanto pela qualidade literária.
O livro está dividido em cinco partes e trata basicamente da formação da sociedade brasileira, suas características, mostrando uma sociedade escravocrata e agrária, as características do colonizador português, o índio e o negro na formação desta sociedade.
A linguagem do autor é simples, mas torna-se um pouco rebuscada uma vez que ele relata minuciosamente os costumes do colonizador português. Na terceira parte, o colonizador português: antecedentes e predestinações, a figura do português que chegou ao Brasil é totalmente descrita, os hábitos e costumes que trouxeram para a colônia e a influência deles até hoje na sociedade brasileira.
Gilberto Freyre apresenta-o como um escravocrata não muito cruel nas relações com os escravos, não tão inflexíveis e com