dissert
1900 a 1930
Comédia de costumes
De 1900 a 1930, permaneceu com destaque a comédia de costumes, com textos muitas vezes escritos em função do intérprete a que se destinavam, e o chamado "teatro ligeiro", também sem maior definição estilística e formal, levando críticos e historiadores a falar em "decadência". A assinalar, apenas, o crescimento do número de empresas dramáticas que exploravam as revistas, operetas, farsas e dramas de capa e espada, e a elevação de uma consciência nacionalista, que confrontava as companhias estrangeiras que voltaram ao Brasil no pós-guerra (1918) com a instalada "comédia brasileira".
A precária estrutura da saúde pública em diversas cidades do Brasil, tanto em relação à quantidade de profissionais disponíveis para atender a demanda, quanto à qualidade desses, foi o motivo que levou o governo a aderir à importação de médicos estrangeiros. Essa medida provisória só tende a gerar bons resultados para o país, uma vez que um dos principais objetivos dela é dar preferência às regiões mais necessitadas, nas quais as condições de vida são ruins repelindo assim os médicos propostos para trabalhar em tais lugares.
Em São Paulo, onde o proletariado urbano crescia por obra da industrialização nascente, o teatro anarquista, influenciado por imigrantes italianos, era porta-voz das sérias lutas políticas do período (1917-1920). Mas o teatro se mantinha em geral isolado, quer dos movimentos estéticos de renovação que ocorriam na Europa e aqui repercutiam na literatura e artes plásticas (como no caso da Semana de Arte Moderna, em 1922), quer dos sérios acontecimentos políticos da recém-implantada República (1889), que a literatura refletia (como no caso de Euclides da Cunha, retratando a guerra de Canudos, ou Lima Barreto, a vida dos marginalizados).
Tentativas individuais de renovação, pelo menos temática, surgiram com Deus lhe pague, de Joracy Camargo, incorporando idéias marxistas, ou Sexo, de Renato Viana,