1492: O encobrimento do outro
Fichamento texto: DUSSEL, Enrique. O Encobrimento Do Outro, Conferência 6.
Resumo
A introdução da América na história se dá a partir do descobrimento da mesma por parte dos europeus. Entretanto, assim como com os asiáticos tudo que aconteceu antes dessa “descoberta” deve ser ignorado? De acordo com os descobridores o que importa vem após eles chegarem, somente após isso os nativos caminharam rumo à modernidade. Porém, neste livro o autor busca romper com esse dogma, e criar uma nova interpretação do descobrimento, do ponto de vista dos dominados. Muitos dos povos nativos, dos quais os europeus disseram colonizar haviam desenvolvido tecnologias inclusive maiores do que as europeias. Quando se toma como exemplo as civilizações da América vale ressaltar escavações que encontraram sistemas agrícolas de 4000 a.C. Já quando se trata das civilizações asiáticas os achados são ainda mais impressionantes, levando a vestígios que comprovam os primeiros estudos matemáticos. Isso comprova que a América, tanto quanto a África e a Ásia, continham civilizações e que portanto devem sim ser incluídos na História Mundial, mas não como relacionados à cultura europeia e sim como verdadeiros pilares dessa história. Portanto se haviam civilizações, isso configura um mundo racional anterior à chegada dos “descobridores”, algo totalmente oposto ao que é pregado por eles. Logo, o tão falado “descobrimento” não passa de um real encobrimento; colocando os povos e fazendo-os acreditar que eles ocupavam outro lugar, diferente da realidade. Finalmente, falar que a Europa ocupa o começo, meio e fim é enxergar a história de uma forma eurocêntrica e míope. A Europa nunca foi o “centro” que influenciou a “periferia”. A diferença é que a partir de 1492 os europeus se lançaram rumo à “modernidade”, é o início da era em que os europeus passariam a definir os outros povos como inferiores, e apenas como objetos para ajudar a alcançar os