Choque cultural entre americanos e europeus
Xenia Melo
RESUMO
Com a chegada de Américo Vespúcio, no Novo Mundo, mostra as mudanças ocorridas entre as etnias. A consciência do novo lugar da Europa no mundo, desenvolveu-se confronto com o outro, quando controla, vence, violenta o não-europeu, o índio. Em que a razão do outro tem lugar numa comunidade de comunicação na qual todos os seres humanos possam participar como iguais, mas ao mesmo tempo no respeito a sua identidade ao seu ser – o outro. O tema do outro, podem dissolver ou questionar a identidade dos indivíduos. A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considerada pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditava que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.
PALAVRAS-CHAVE: América, encobrimento e conquista.
O tema do outro, podem dissolver ou questionar a identidade dos indivíduos, agentes ou grupos constituídos, é central no debate teórico e filosófico atual. Esta é uma categoria-chave da critica que o grande campo intelectual “pós-moderno”.
A narrativa de Dussel acompanha a “invenção” do “ser – asiático” da América por Colombo e sua mudança para a figura da “descoberta” de um “Novo Mundo por Américo Vespúcio”. Negado em “si mesmo”, o índio imediatamente é encoberto como “outro” e negado, apresentado como “bárbaro”, desprevenido de toda identidade e direito de permanecer à frente do “civilizado”, o Europeu.
Mas a figura do outro, da relação de qualidade presente em tantos aspectos do mundo da vida, está cada vez mais no centro da reflexão.
Em 1492 o encobrimento do outro, Dussel procura desvendar exatamente o nascimento deste mito sacrifical irracional que é