Análise Comparativa
O advento da Modernidade trouxe grandes mudanças em relação aos costumes de vida e à organização social da humanidade. Desde então, este fenômeno vem sido analisado por profissionais de várias áreas, como é o caso do filosofo argentino Enrique Dussel autor de 1494, O Encobrimento do Outro e do sociólogo inglês Anthony Giddens, autor da obra As Consequências da Modernidade. Ambos, cada qual com seu ponto de vista refletem os benefícios e consequências de tal fato no mundo atual.
A modernidade, chamada por Enrique Dussel de Eurocentrismo, é um fenômeno moderno inventado pelos europeus que se observada pela visão Hegeliana, exclui a América Latina por ser considerada degenerada e fraca, e a África por ser tida como bárbara, imatura, antropófaga e bestial. O autor relata que a modernidade se desenvolve quando a Europa se define centro e a América Latina, Ásia e África tornam-se periferia. Para os europeus, o mundo é somente dividido entre Ásia e Europa, e o continente asiático faz parte apenas de um pequeno começo, e o desenvolvimento e fim da história universal são dados pelo velho continente ocidental.
Dentre as etapas constituintes deste processo estão: a invenção do ser asiático, que diz que ao chegar a terras americanas, Colombo acreditara ter chegado à Ásia e que o mundo era formado unicamente pelos continentes asiático, europeu e africano, formando na cabeça da população um “ser-asiático” na figura do nativo americano, e criando também um descobrimento geográfico que mudou o principal eixo marítimo da época; aliado a tais progressos, encontra-se a “conquista dos corpos” que foi desenvolvido no novo mundo por meio de um processo dominador, opressivo e violento a fim de conquistar novos territórios e suas riquezas; e a “conquista espiritual”, que utilizou do poderio religioso para dar uma base fundamentalista à colonização e controlar o psicológico indígena em crenças necessárias para a “modernização” dos mesmos, julgando a religião