12 anos de escravidão
Não recomendado para menores de 14 anos
1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, explora seus serviços.
12 Anos de Escravidão chega aos cinemas aproximadamente 126 após a abolição da escravatura no Brasil, que ocorreu com a Lei Áurea de 1888. Os Estados Unidos acabaram com a escravidão algumas décadas antes, em 1863, mas em um processo bem mais conflituoso, que gerou uma guerra que dividiu o país. 1863 e 1888... faz tanto tempo que era de se esperar que o racismo não fosse um problema ainda tão presente em nossa sociedade. É claro que melhorou, como mostra a eleição de um afrodescendente para o posto de presidente dos EUA, mas situações como a do jogador de futebol Tinga, que ouviu a torcida peruana imitando macacos toda vez que tocava na bola em um jogo pela Libertadores 2014, ou do negro agredido, despido e acorrentado em um poste no Rio de Janeiro, mostram porque trata-se de um filme muito atual. E que merece ser assistido. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um negro liberto que vive com a família no norte dos EUA. Ele é um músico respeitado e vive normalmente. Determinado dia, é trapaceado por parceiros de trabalho e levado ao sul, onde é vendido como escravo. A partir daí, temos uma sucessão de cenas duras e de momentos de virar o estômago, que lembram até A Paixão de Cristo, mas sem o sadismo de Mel Gibson.
Após realizar o brilhante Shame, Steve McQueen investe em um épico histórico e volta a se sair bem. Ele deixa de lado a fotografia sóbria e cinzenta, que representavam o espírito do personagem de Michael Fassbender, para