Streiff Fenart

sociedade abrangente, incorporariam seus aspectos, passando a ser simplesmente americanos. Com o passar do tempo, isso passou a não fazer sentido, contrariamente, foi no confronto com o outro, que esses grupos tornaram-se mais fortes (POUTIGNAT e STREIFF-FENART,1988:79). 6 Barth (1969) convida os pesquisadores de campo a realizarem estudos que levem em conta a dicotomia entre os “nós e eles”, afirmando que tal processo é fundamental na manutenção das fronteiras étnicas. 7 É importante…

Indígena e a Valorização da Diferença Ao nos referirmos ao outro, ao diferente, é muito comum fazermos isto afirmando que pertence a esta ou aquela etnia. Este vocábulo tem suas raízes etimológicas no termo ethnos, conforme nos mostram Poutignat; Streiff-Fenart em nota referente ao primeiro capítulo do livro Teorias da Etnicidade (1998, p. 23): Como o assinala Sollors, tal utilização da palavra “étnico” para designar contrastivamente e muitas vezes negativamente povos “outros” é…

signos manifestos e suas orientações de valores. Num sistema social há uma divisão de categorias formando grupos dominantes, denominados elites e as minorias, denominadas periferias. Referência Bibliográfica obrigatória POUTIGNAT, Philipe; STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da etnicidade seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. Fundação Editora da UNESP. São Paulo: 1998

atributo masculino e que serve para distinguir homens bons de maus. a dialética entre assimilação e resistência nas Em Iracema... o contato sexual também é relações cotidianas. o que une as duas personagens, sendo que Poutignat e Streiff-Fenart (1998) afirmam o aspecto relacional da etnicidade, ou seja, que esta só se manifesta quando as interações são consideravelmente relevantes, como no caso da constituição do mundo moderno. Porém, não deixam de reconhecer que: …

1970 a maior expressão do movimento indígena foi romper com a invisibilidade social e proclamar a autonomia, quebrando o cerco da reserva e tutela. Notas finais i As leituras em etnicidade podem ser conferidas em POUTIGNAT, Philippe e STREIFF-FENART, Jocelyne, 1998 e em BARTH, Fredrik. ii RIDENTI, Marcelo. História Política e Cultura: 40 anos de 1968. In: Anotações pessoais da aula inaugural do CFH/UFSC em 17 de Março de 1998. iii Sobre o surgimento do Cimi e Opan ver…

sobre categorias culturais e étnicas. Partindo das avaliações de Barth (1998), o conteúdo cultural engloba sinais e signos manifestos – “os traços diacríticos que as pessoas procuram e exibem para demonstrar sua identidade” (apud POUTIGNAT & STREIFF-FENART, 1998:194); e orientações fundamentais, “os códigos de valores, como os padrões de moralidade e excelência pelos quais as ações são julgadas”. (Idem:ibidem) Já as categorias étnicas, embora tomem em consideração as diferenças…

organizações sociais humanas em suas especificidades culturais, a noção de identidade cultural é de interesse privilegiado e o tema está intimamente ligado aos estudos de etnia de Fredrik Barth. Inspirado nos estudos de Fredrik Barth (in Poutignat & Streiff-Fenart, 1998), Roberto Cardoso de Oliveira (1976) define identidade como sendo sempre contrastiva, ou seja, ela: [...] parece se constituir na essência da identidade étnica, isto é, à base da qual esta se define. Implica a…

legislação específica e fontes documentais e arquivísticas. São Luís, 1995. ANDRADE, Manuel Correia. Paisagens e Problemas do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1969. BARTH, Fredrik. Grupos étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, Philippe, STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da etnicidade. São Paulo: UNESP, 1998. BRASIL. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do Maranhão. Rio de Janeiro: FIBGE,1984. CHAYANOV, Alexander. Sobre a teoria dos sistemas…

cada individuo que releva desse conjunto e, a partir daí, em instaurar eventualmente práticas de inferiorizarão e de exclusão. -6- O quarto e último é o conceito de etnicidade4 do livro “Teorias da Etncidade” de Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff – Fenart que articula uma série de conceitos, isto é “Definição de Burgess”, “A etnicidade como expressão de interesses comuns: as teorias instrumentalistas e mobilizadoras”, “As teorias do grupo de interesse ”, e, por fim, “A etnicidade…

agregando sempre novas combinações. A mudança cultural não implica perda da referencia cultural ou identidade étnica, e isso já vem sendo afirmado e discutido há décadas por autores como Fredrik Barth, seus seguidores Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart; e no Brasil por autores como João Pacheco de Oliveira e Roberto Cardoso de Oliveira que no início do final do século XX começa a rever os seus conceitos e a publicar artigos e livros que trazem essa discussão. Esses…