movimento indígena
Movimentos Sociais Participação e Democracia
11 a 13 de agosto de 2010, UFSC, Florianópolis, Brasil
Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais _ NPMS
Movimento indígena brasileiro na década de 1970:
Construção de bases para rompimento da invisibilidade étnica e social
Clovis Antonio Brighenti - Doutorando em História Cultural pelo PPGH na UFSC sob orientação da Profª Drª Ana Lúcia Vulfe Nötzold. É colaborador do Observatório de Educação Escolar
Indígena. Bolsista CAPES. Membro do Conselho Indigenista Missionário/Cimi. clovisbrighenti@hotmail.com Ana Lúcia Vulfe Nötzold - Etno-historiadora, Professora do Departamento de História,
Coordenadora do LABHIN/Laboratório de História Indígena – UFSC e do Observatório de Educação
Escolar Indígena.
Resumo:
O movimento indígena contemporâneo surge no Brasil na década de 1970 num contexto de luta pelo fim da tutela. O rompimento do controle exercido pelo Estado por intermédio do poder tutelar era efetivado na própria realização das assembléias, que ocorriam em âmbito inter-regional. Documentos evidenciam os mecanismos empregados pelo governo militar para impedir a realização das assembléias, além de apontarem para a articulação entre o movimento indígena e a luta política nacional. O movimento indígena manteve o viés da etnicidade, o que lhe conferiu singularidade gestada na fronteira étnica.
Palavras-Chaves: Movimento Indígena; Tutela; Etnicidade; Alteridade.
Introdução
Este ensaio é uma tentativa de perceber o surgimento de um movimento social articulado na periferia do movimento social e sindical brasileiro na década de 1970, o movimento indígena. O movimento indígena surge num contexto de pressão social pelo fim da repressão militar e cerceamento dos direitos políticos, e particularmente, pelo fim da tutela estatal a que estavam submetidas às comunidades indígenas no Brasil. Houve tentativas de articular o movimento indígena
nascente