Movimento indígena
O movimento indigenista no Brasil
“[...]os movimentos são o coração,
o pulsar da sociedade.”
Alain Touraine
Contexto histórico
O movimento indigenista brasileiro tem início na década de 1970, tendo como propulsores os seguintes fatores:
- Os povos indígenas se encontravam, na sua quase totalidade, em uma situação extrema, tendo seus territórios invadidos ou tomados, suas expressões culturais ridicularizadas e desprezadas; enfim, sendo condenados compulsoriamente ao extermínio enquanto povos etnicamente diferenciados.
- Começava a se articular um movimento de resistência e oposição ao regime militar ditatorial que se havia implantado no país. Foi o momento em que emergiram novos movimentos e atores sociais, que aos poucos foram criando e desenvolvendo estratégias de luta para mudança e transformação da realidade sociopolítica e econômica do país.
- O embate entre os setores da sociedade em diversos países, mais especificamente centro e sul-americano. Por um lado, buscava-se a implantação de novos modelos políticos e econômicos (a partir do paradigma socialista); por outro, explodia a reação violenta das classes dominantes, impondo regimes ditatoriais, instaurando a repressão, perseguição, tortura e violência institucionalizada.
Nesse contexto, criam-se canais de intercâmbio e articulação, que vão se consolidando em formas de solidariedade, apoio e estratégias mais amplas de luta pela cidadania, liberdade, democracia, direitos e transformação social.
O movimento
A consciência da luta inseriu os povos indígenas brasileiros, direta e expressivamente, na opinião pública, as lideranças indígenas dispensam porta-vozes e passam a falar por sí mesmas, originando um movimento unificado, que tem como preceito o respeito às lideranças tradicionais e organizações de base.
O movimento começou a se organizar com as assembleias indígenas em 1974, e ganhou força com a presença dos índios no Congresso