Plano de negocio
AUTORES: MÉRCIA REJANE RANGEL BATISTA1 JAMILLY RODRIGUES DA CUNHA2 RESUMO: Ao nos debruçarmos sobre os diferentes textos que tem por tema os ciganos, percebemos que as caracterizações e fundamentações sobre estes são bastante discutíveis. Questões como cultura e identidade, quase sempre estão ausentes, e nos textos mais jornalísticos ou até mesmo literários repete-se uma imagem nitidamente estereotipada. Desse modo, os ciganos quase sempre são colocados como seres culturalmente atrasados e socialmente inconvenientes. Contudo, por um efeito indireto, ao nos defrontarmos com os grupos que se projetam e se reivindicam como distintos na cena contemporânea, somos levados a (re)pensar os ciganos numa chave menos evolucionista e a-histórica. Ao mesmo tempo em que ciganos são apresentados como não possuindo histórias (e, por isso mesmo, não sendo capazes de se modernizar), existe da parte de alguns estudiosos uma obsessão por identificar o ponto de origem de todos os ciganos e uma busca por uma cultura cigana essencializada, o que parece indicar a um pesquisador um campo e um tema que demanda um estudo mais cuidadoso. No caso do Brasil, percebemos que os poucos estudos que se apresentaram até a década de 1970 colocavam os ciganos na chave do folclore. Queremos então participar do momento no qual se começa a investir em etnografias que descrevam as comunidades ciganas percebidas enquanto grupos étnicos, sem se ater ao repertório clássico e não discutido: nomadismo, tradição, violência, estigma. Finalmente, ao se construir uma incursão / pesquisa qualitativa em Sousa, fomos levados a perceber como os ciganos que aí vivem estão projetando um passado e indicando possibilidades para um futuro, no qual a presença de bens e serviços oriundos do Estado brasileiro é colocada como significativos. Finalmente, acreditamos que ao construir o percurso de discussão do texto, vamos