PORTELLI, SIGNIFICADOS E MEMÓRIA NAS NARRATIVAS-RESENHA

vão sendo reinterpretado. O evento é o mesmo mas o significado muda, por que depois de adultos temos um novo olhar sobre algum evento que lembramos de nossa infância e tentamos colocá-lo em nosso contexto histórico. Portelli nos remete a uma reflexão básica que cada narrativa tem um significado pessoal, portanto sempre irão sair de opiniões, compreensões, interpretações e pontos de vista diferentes, assim como as narrativas de Frederick Douglass.Segundo Portelli a ambígua utopia da objetividade: de um lado a objetividade da fonte e, por outro a objetividade dos cientistas com seus procedimentos neutros e assépticos (Portelli, pg. 01), compreendemos que o autor levanta esse debate no sentido de maior reconhecimento da oralidade como fonte documental. Contudo, é fato que história oral vai ganhando forma ao longo da escrita do historiador, uma coisa é escutar a narrativa e outra é escrever a narrativa, ou seja, o historiador a partir dessa ferramenta de pesquisa deve está preparado para registrar de forma natural toda a documentação disponibilizada pela capacidade de sua fonte expor. Entretanto é fato que também de alguma forma vai acabar interferindo nas historias ao escrever as narrativas colocando-as em seu contexto histórico. Segundo Alessandro Portelli: A importância dp testemunho oral pode se situar não em sua aderência ao fato, mas de preferencia em seu afastamento dele, como imaginação, simbolismo e desejo de emergir. Por isso, não há “falsas”…

No texto “A história oral como gênero”, o autor começa definindo o que é a história oral e fala que os Historiadores a vêem como um discurso dialógico, criado não somente pelo que os entrevistados dizem, mas também pelo que nós fazemos como historiadores. Alessandro Portelli fala que, o que é falado numa típica entrevista de história oral nunca foi contado daquela forma antes; e a diferença de se ouvir fragmentos de história e a história completa. Enquanto os gêneros de expressão oral…

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DOUTORADO EM SAÚDE PÚBLICA DISCENTE: ERIKA RODRIGUES DE ALMEIDA Momento Conceitual – Bloco Histórico Resenha Crítica: Portelli, H. Gramsci e o bloco histórico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. 142p. O livro trata-se de um conjunto de notas sistematizadas por Hugues Portelli a partir dos Cadernos do Cárcere escritos por Antônio Gramsci no período compreendido entre 1929…

Universidade Federal de Alfenas Curso: História (ICHL) Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso I Professora: Marta Rovai Aluno: Almir José S. J. Síntese do texto: O que faz a história oral diferente. Portelli, Alessandro Tradução - Ribeiro, Maria Therezinha Janine. - Revisão técnica - Fenelon, Dea Ribeiro. No texto O que faz a história oral diferente do autor Alessandro Portelli, o autor se dispõe a discutir, dentre outras questões, as funcionalidades da prática de…

Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH Licenciatura em História - EAD Unirio/Cederj AD1 – Primeira Avaliação à Distância - 2014.2 Disciplina: História e Documento Coordenação: Professora Ana Maria Mauad Nome: Matrícula: Pólo: Miguel Pereira Caro (a)…

bibliotecas. Entrevistas que convidava ao entrevistado a pensar as suas próprias práticas historiográficas, a pensar o exercício do historiador e do que poderia ser a História, como exercício de pensamento. Falar de suas escolhas, dos contornos dados ao passado, produtores de novas temáticas, que outrora, seriam inconcebíveis no campo da História, como o suicídio, o lazer, o teatro. A referência ao autor Alessandro Portelli, tornou-se importante para nortear as entrevistas, a fim de…

os quais, muitas vezes, não são expostos na forma escrita. Muitas vezes, as narrativas orais (...) mostram-se contraditórias, conforme a entonação conferida pelo relator, principalmente quando há observância rígida das regras e lógicas gramaticais, sem se atentar para o teor emocional existentes nos conteúdos das narrativas, quanto a velocidade, pausa, pontuação, intenção, mudanças de discursos e oscilações, que se desvelam mais pelo ato de ouvir, que de escrever. (Portelli, 1.997, p.…

presidente e vice - presidente da Associação Comunitária Beneficente do Bairro Pedregal, no qual temos a cópia foi possível identificar através dos autos que a acusação faz - se contra os requerido e não como uma ação maquinadas por todo o conjunto de associados e até mesmos os beneficiários em audiência com a juíza da comarca a Drª Solange Menezes Holanda revelam que os terrenos foram apropriados sob chefia da diretoria. 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No trabalho de pesquisa e execução do…

dessas pistas históricas é o de estarmos atentos aos usos da memória na construção histórica ou, dizendo de outra forma, a observar como a história dessas populações se faz apoiando-se na memória. A reconstituição histórica dessas populações é possível de ser retomada a partir de trabalhos que utilizam a relação entre história e memória. Na apresentação do livro de Alessandro Portelli, intitulado Ensaios de História Oral, a Professora Yara Khoury traça o seguinte comentário: A história…

em que a situações não se repetem e nem as influências do coletivo são as mesmas, pela própria natureza de tal relação, as lembranças, as reminiscências, nunca se darão da mesma maneira. A lembrança, desse modo, pertence ao narrador. Daí a própria utilização do termo, o narrador conta a sua experiência. E a partir do momento em que a lembrança se dá sob as influências nunca repetidas, entre um indivíduo e outro, do meio coletivo, o que se tem de reflexível nelas e sua subjetividade…