Olhar Poético

através do olhar de Vinícius de Moraes. Tempo previsto: 2013 Justificativa e objetivos gerais: A poesia é um gênero literário capaz de despertar a emoção, a sensibilidade de quem a lê, sobretudo por se tratar de uma linguagem carregada de múltiplos sentidos que nos liberta de um cotidiano automatizado, para um novo modo de ver o mundo. Neste sentido, podemos dizer que a poesia subverte o mundo lógico e objetivo para dar asas à imaginação, à fantasia. Para entender um texto poético…

agrado, Enche-se de lágrimas Meu olhar parado. Recordo outro ouvir-te. Não sei se te ouvi Nessa minha infância Que me lembra em ti. Com que ânsia tão raiva Quero aquele outrora! E eu era feliz? Não sei: Fui-o outrora agora. Fernando Pessoa Apresentação das ideias principais do poema: Estrutura interna 1º Estrofe: Pobre velha música! Não sei porque agrado, Enche-se de lágrimas Meu olhar parado. Nesta estrofe o sujeito poético: Inicialmente…

pormenorizada do poema “Aquela cativa, que me tem como cativo” - O sujeito poético começa com o jogo de palavras cativa/cativo, que é de um certo modo um subjetivo da escravidão do sujeito poético. Se Barbara é escrava socialmente o sujeito poético também o é. Escravo do seu amor. “Eu nunca vi rosa” – Os elementos da natureza ajudam a traduzir a beleza da amada. “Que pera meus olhos, fosses mais fermosa” – O sujeito poético faz um elogio a amada, usando a tradicional hipérbole que…

entrançado, Fita de cor de encarnado, Tão linda que o mundo espanta. Chove nela graça tanta, Que dá graça a fermosura. Vai fermosa, e não segura. Luís de Camões Tema: exaltação da beleza de Leanor. Assunto: o sujeito poético traça o retrato de Leanor, quando esta vai buscar água à fonte. A descrição da sua beleza e graciosidade associa-se a um espaço campestre, nomeadamente a fonte onde se dirige: Descalça vai pera a fonte/Leanor pela verdura, (vv.1-2…

O POÉTICO, MIKEL DUFRENNE Não é um livro definitivo, mas de transição, numa perspectiva estética, segundo Ângelo Ricci. Divide-se em 3 grandes partes: a linguagem, o poeta e a filosofia da Natureza. Esquema analítico das correlações entre: o poético e a poesia; distinção entre linguagem poética e prosaica; relação entre poesia e música, sujeito e expressão; o que é o estado poético no poeta e na Natureza; Coloca o problema da linguagem como princípio de toda a sua reflexão. Linguagem

felicidade perdida, presente no “céu azul”, no “Tejo” e na Lisboa de outrora. Esta temática da infância aparece, no poema, depois da enumeração de uma série de sensações violentas e negativas. O sujeito poético vê o céu, o Tejo e Lisboa com o olhar da sua infância e ao mesmo tempo com o olhar de agora (“Ó céu azul – o mesmo da minha infância”; “Tejo ancestral e mudo”; “Lisboa de outrora e de hoje”). Não podemos esquecer que a base dos heterónimos é o ortónimo. É neste sentido…

Verso 1: o girassol olha sempre de frente para o sol; o olhar capta a realidade com toda a nitidez que essa luz propicia; * Estabelecemos a relação com a realidade através do olhar, mais do que com qualquer outro sentido; * Poeta solar: poeta luminoso, admira a luz solar por dar energia, contentamento (Caeiro); poeta lunar: poeta mais negativista, obscuro (Fernando Pessoa Ortónimo); * O poeta parte de um elemento abstrato, o olhar, para um elemento concreto, “girassol”:…

de que possam vivenciar o processo de fruição estética e expressão criadora, a partir do texto poético. Por fim, culminará na realização de exposições do acervo e da produção textual dos alunos para a comunidade da escola. Palavras-chave: poesia – leitura – natureza Introdução A leitura de uma obra literária é uma experiência de libertação, eleva o nível de conhecimentos e modifica nosso olhar sobre as coisas. Ler literatura é uma maneira de aprender através da palavra mais…

e o moral; combina sensações; usa sinestesias, metáforas, comparações; emprega dois ou mais adjetivos a qualificar o mesmo substantivo; quadras, em versos decassilábicos ou alexandrinos. À medida em que descreve as ruas e as pessoas, o eu-poético registra impressões que se entrecruzam em diferentes tempos (cronológico - presente e passado - e psicológico) e espaços (cidade presente, cidade passada, memória, história etc.). O Sentimento "ressuma o tédio citadino", na esteira…

na listinha. Olhos caçadores não param sobre o que não está escrito nela. Mas não vou só para comprar. Alterno o olhar caçador com o olhar vagabundo. O olhar vagabundo não procura nada. Ele vai passeando sobre as coisas. O olhar vagabundo tem prazer nas coisas que não vão ser compradas e não vão ser comidas. O olhar caçador está a serviço da boca. Olham para a boca comer. Mas o olhar vagabundo, é ele que come. A gente fala: comer com os olhos. é verdade. Os olhos vagabundos são aqueles que comem