CRONICA
Não é um livro definitivo, mas de transição, numa perspectiva estética, segundo Ângelo Ricci.
Divide-se em 3 grandes partes: a linguagem, o poeta e a filosofia da Natureza.
Esquema analítico das correlações entre: o poético e a poesia; distinção entre linguagem poética e prosaica; relação entre poesia e música, sujeito e expressão; o que é o estado poético no poeta e na Natureza;
Coloca o problema da linguagem como princípio de toda a sua reflexão.
Linguagem é ao mesmo tempo testemunho (imagem) e expressão (escrita).
Natureza naturante = a Natureza como produtora (pág.207).
Spinoza: “a Natureza não é somente o produto de uma criação incompreensível; é a própria criação; não é somente a manifestação ou a revelação do eterno; é o próprio eterno” (pág.208).
A imaginação produz uma conciliação entre o verdadeiro (humano) e o real (da Natureza).
É através do olhar do homem que as coisas tornam-se imagens e, assim, afirmam-se como coisas.
A Natureza é poética e inspira toda poesia.
É o poeta com sua obra, se realmente poética, quem induz no leitor o estado poético.
A poesia não é filosofia.
Claudel: “As palavras que uso/ são as palavras de todos os dias e não/ deveras, as mesmas”.
Fazer poesia é retirar as palavras de seu estado primitivo, comum, usual.
Ler um poema é buscar e ler a poesia, isto é, encontrar o estado poético do poema a fim de que ele suscite, no leitor, outro ou similar estado poético dentro do giro da essencialidade humana (vida?) que circula pelo trinômio linguagem-leitor-Natureza.
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Advertência do autor:
Uma reflexão sobre a dimensão poética da existência. Não pretende substituir no processo filosófico a razão pelo sentimento. Há um sentimento do mundo.
(...) o a priori não é verdadeiro nem falso, mas a possibilidade do verdadeiro e do falso”.
Prioridade: qualidade do que está em primeiro lugar.
Os a priori formais: sempre constituintes: a percepção estética;
Os a