O Leviatã Segunda Parte

JURÍDICO 3. JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS 4. PANDECTISMO E ESCOLA DA EXEGESE 5. ESCOLA ANALÍTICA 6. JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES 7. CONCLUSÕES 4 1. INTRODUÇÃO Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil ou simplesmente Leviatã é uma daquelas raras obras que, ao lado de A república de Platão, A política de Aristóteles e O príncipe de Maquiavel, possivelmente nunca deixará de ser lida pelos homens enquanto ainda se…

INTRODUÇÃO De antemão queremos dizer que a leitura das obras dos autores do trabalho que segue, muito nos ajudou a compreender uma parte da história da humanidade, subjacente a formação dos Estados Civis. E sem ter o intuito de esgotar o assunto, pois isto seria impossível, o que fica marcado é a contribuição histórica desses grandes pensadores e teóricos políticos, que sem dúvida foram imortalizados sobretudo pela grandeza intelectual que nos deixou por herança, portanto, segue…

e desconfiança para o atual estado civil. Esta transição ocorreu devido à imposição de limites, através de um contrato que significa uma transferência dos direitos individuais para o estado, que garantiria a paz e a vida longa. E esse estado é o Leviatã: o homem, imitando Deus, recria-se em formato grande para estabelecer a paz e a convivência social entre os homens. Para Hobbes, tanto o contrato social como o estado em si, deriva das leis de natureza, principalmente das…

culminaram com a execução de Carlos I e a implantação da república na Inglaterra. Foi após os horrores da guerra civil, da consumação do regicídio e da instauração da férrea ditadura de Cromwell, que Thomas Hobbes, refugiado na França, publicou em 1651 o Leviatã. 0 livro era uma apologia do Estado todo-poderoso que, monopolizando a força concentrada da comunidade, torna-se fiador da vida, da paz e da segurança dos súditos. O Protetorado de Cromwell, apoiado no exército e na…

lei natural se desenvolve ao longo desses textos da seguinte forma: Em Sófocles vemos que a lei natural tem haver com o cumprimento da vontade dos deuses, que por ser imutável não pode ser confundida com os costumes9; Em Aristóteles a lei natural é parte da justiça política e não pode ser baseada nos costumes, visto que é a mesma em todas as épocas e todos os povos; Em São Tomás de Aquino a lei natural é a participação humana na racionalidade divina, o que faz dessa lei um princípio…

preciso ser capaz de agir. E a partir da necessidade do monarca ser capaz de agir sem medir esforços, com o passar do tempo, surgiu de forma errônea a frase de que “os fins justificam os meios”, o que Maquiavel nunca chegou a realmente pregar. Em parte, na época para a qual a obra foi escrita, sim o fim – unificação italiana – “justificava” o meio, mas apenas no sentido de fazer o necessário e nada mais. Uma vez que o manter no poder que Maquiavel prega e ensina, não busca o…

uma vez temos como exemplo o antigo testamento, sistema totalmente patriarcal. No patriarcadof, pode-se dizer que as mulheres são consideradas seres de segunda categoria. Tudo pertence materialmente ao patriarca, desde sua esposa, seus filhos, e terras. Se a filha de um patriarca se casa, ela deixa de fazer parte da família e passa a fazer parte dos bens do marido. Por isso é que a mulher tira o nome de solteira e coloca o nome do marido, sendo esta uma tradição patriarcal. Alguns…

de obrigação, que os homens, sendo malvados, rompem quando melhor lhes servir. Mas o temor é mantido pelo medo de ser punido, o que nunca termina.”. Da primeira se detém que os benefícios novos e constantes levam as injúrias ao esquecimento e da segunda que é melhor para o governante ser temido do que amado, nos casos em que não puder ser os dois. Maquiavel também deixa claro que o governo não é para qualquer um, mas para aqueles que sabem combinar fortú e virtú, respectivamente…

sociais com seus semelhantes, estão acima ou abaixo dos humanos (ou seja, dos gregos da época). Ensina o filósofo: “Assim é evidente que a cidade faz parte das coisas da natureza e que o homem é naturalmente um animal político destinado a viver em sociedade. Aquele que por instinto – e não porque qualquer circunstância o inibe – deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser desprezível ou superior ao homem.” (Ibidem p. 16) Definido a propensão natural do homem a viver em sociedade, o…

grupamento humano estabelece-se o contrato social, muito bem analisado por Hobbes e Rousseau em suas obras, que, em que pese diferenças fundamentais, complementam-se para fins de compreensão da organização social e jurídica. Thomas Hobbes, em seu Leviatã, nos capítulos XIII, XIV, XVIII e XXI do livro primeiro, estabelece como base da condição natural humana a necessidade de entregar seu direito à liberdade a um soberano, uma vez que este será capaz de, tomando as decisões mais…