Lolita: Entre o amor e a perversão

como a “terra das árvores altas e das crianças de faces rosadas”, é importante observar a ênfase dada as crianças e suas características físicas e seus sentimentos definindo-as sempre como ninfetas. Nesse sentido hospeda-se na casa dos Haze, que lhe está servindo de pensão, conhecendo a adorável e geniosa Dolores. Humbert se apaixona pela menina e, longe dos olhos da mãe os dois trocam olhares e carícias, até então natural. É interessante salientar a temática da pedofilia mesmo que apresentada de forma subjetiva ou aparentemente natural para fetiche de homens adultos por adolescentes. O próprio termo “Lolita” se tornou uma designação frequente para indicar jovens imaturas e sensuais que no livro designa-se como “Ninfetas”. Se trouxéssemos para nossa realidade cinematográfica e literária, poderíamos assimilar contextos semelhantes à Lolita, como é o caso de: Sobre meninos e lobos (2003), a microssérie Hoje é dia de Maria (2005), na qual a personagem é cortejada por seu pai e em seguida ela não consegue tirá-lo da cabeça ou ainda as “cabritinhas” do Coronel da Tapitinga da obra Tieta, são exemplos da sexualização da infância e a atração de homens mais velhos por essas crianças ora inocentes, ora maliciosas. Embora o romance Lolita tenha se celebrizado por colocar em evidência a figura da ninfeta, não deixa de ser notável a complexidade com que colabora a imagem de Humbert que se define pervertido também, trazendo ao contexto atual, seria o pedófilo. Prova disso…

INTRODUÇÃO Lolita está entre os melhores romances do século XX. Não raramente, aparece nas cabeceiras, na primeira posição. Difícil imaginar carreira tão brilhante para um livro que, antes de ser lançado, fora recusado por quatro editoras norte-americanas. Lançado há quase 50 anos, Lolita gerou uma verdadeira indústria, inspirando debates, criações de artigos, teses de mestrado e doutorado, o surgimento de outros livros de análise literária e dois filmes. Algo bastante curioso em…

língua faz uma viagem de três passos pelo céu da boca abaixo e, no terceiro, bate nos dentes. Lo. Li. Ta”. Muitos distinguem Nabokov como pertencente ao Olimpo da literatura russa, composto por, além dele, Dostoiévski, Tolstói e Tchekhóv. A obra mais conhecida do autor é Lolita, livro já adaptado três vezes para o cinema. Lolita conta a história do literato Humbert Humbert desde seus primeiros anos de vida, quando tem seus primeiros contatos com uma “ninfeta”, cujo narrador define que…

RESENHA: Lolita Lolita é um livro bem polêmico e que nem todo mundo teria vontade de ler quando se informasse do contexto da história. Vladimir Nabokov descreve a história de um amor obsessivo de um professor europeu, Humbert, por uma menina de doze anos, Lolita. Humbert é um intelectual de meia-idade que se sente atraído por crianças, e que mais tarde se comprova ser pior do que aparenta. Lolita, ou melhor, “ninfeta” como Humbert diz, é uma criança que parece inocente, mais com…

AS DUAS FACES DE LOLITA: O JOGO DE PARADOXO NA OBRA DE VLADIMIR NABOKOV Resumo: O objetivo deste artigo é fazer uma breve análise do romance Lolita do russo Vladimir Nabokov com o intuito de mostrar a existência de paradoxo envolvendo os personagens principais Humbert Humbert e Dolores Haze (Lolita). Através do jogo paradoxal, o autor possibilita ao leitor a interpretar o texto de várias formas, assim também, como a amar ou odiar os personagens. Dessa forma, caberá ao leitor tirar suas…

standing four feet ten in one sock. She was Lola in slacks. She was Dolly at school. She was Dolores on the dotted line. But in my arms she was always Lolita.” (Vladimir Nabokov) Lolita é um romance escrito por Vladimir Nabokov em 1955 e que logo teve sua primeira adaptação para o cinema. Em 1962, 7 anos após o lançamento do livro, o diretor Stanley Kubrick adaptou o livro para as telas cinematográficas. Seu drama, protagonizado por James Mason, Shelley Winters e Sue Lyon, recebeu…

sempre lúcidos de Humbert, não é qualquer menina. Lolita é uma ninfeta, uma criança entre doze a quatorze anos que seduz homens mais velhos com a habilidade de uma mulher adulta. Ela brinca com suas “vítimas”, como a vemos fazer com ele ao decorrer do livro, e sente mais facilmente prazer do que amor. Aqui se cruzam alguns dos temas clássicos da arte de todos os tempos: a paixão, a juventude e o amadurecimento com questões mais típicas da nossa modernidade, como o erotismo. Obra-prima…

explorou sabiamente os diferentes momentos de vida e carreira da atriz. Sendo que a primeira revista fotografou uma versão “ninfeta” de Deborah, já na segunda, trazia tanto na capa quanto em seu conteúdo um lado mais “mulher”. Cada um destes temas explorados (ninfeta/mulher fatal) representa uma fantasia que faz parte da psiquê masculina, usando a lingüística como ferramenta de análise, cabe neste momento o uso de um trecho do livro de Saussure a respeito do signo lingüístico e de que…

Tensão gerada pela dúvida quanto ao sigilo de seu segredo. Tensão paranóica, desesperada. Recusa-se à vida, recusa a si mesmo qualquer distração externa. Porque tudo o que acontece fora do imaculado lar pode suspeitar dúvidas, não o deixam em paz, vigiam-no a todo instante. O lar, estranho local, onde tudo se silencia, onde tudo sedimenta como poeira depois da chuva. Só no lar ele realmente senta em sua poltrona, assenta seus nervos. Só ali ele pode finalmente descansar e apreciar sua…

linear]. Paradigma (língua/seleção) Sintagma (ordenação linear/discurso) A noção de sistema saussuriano é um conjunto de elementos que tem sua definição pela relação mantida entre os elementos que compõem o sistema.[1] As relações de mecanismos e relações estruturais do sistema são de diferença e oposição. Para Saussure, o valor de um signo é valer por tudo aquilo que ele não é. “Na língua, tudo é negativo; na…