Lolita: Entre o amor e a perversão
Centro de Ensino Superior de Arcoverde – CESA
Curso: Letras Período: V
Professor: Ivon Rabêlo
Lolita: Entre o amor e a perversão
Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre.
(Vladimir Nabokov)
Entre o amor e a perversão
Muito avançado para a moral da época, o romance de Vladimir Nabokov (1988-1977) até hoje desperta no leitor opiniões diferentes. Com início chocante, logo se percebe o motivo da fama de polêmico que o livro adquiriu ao ser publicado. Lolita é considerada uma obra-prima do século XX, nessa obra se cruza temas clássicos: paixão, amor impossível, questões sociais, erotismo. Sobretudo, uma história de amor narrada por Nabokov de uma forma única e obsessiva, sem se preocupar com as questões sociais. Apesar de intitulado Lolita, no livro o protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua mulher.
Humbert na verdade desde cedo demonstra sua perversidade por meninas, desde sua estádia na França onde conhece sua primogênita amada, Annabel a quem tem um relacionamento e que posteriormente morre. Nessa parte do livro leva o leitor a perceber o motivo que levou Humbert a se tornar um pedófilo, com Annabel ele teve um relacionamento frustrado, pois ele não conseguiu concretizar o amor dos dois, isso faz com que Humbert veja nas outras meninas aquela que ele tanto amava. Com isso o já maduro Humbert decide deixar a velha e romântica Paris e partir para os Estados Unidos, definindo o país como a “terra das árvores altas e das crianças de faces rosadas”, é importante observar a ênfase dada as crianças e suas características físicas e seus sentimentos definindo-as sempre como ninfetas.