resenha kalecki

Andrade Vilella - RA : 159616 – 23/05/2014 Resenha: GRUPPI, Luciano. – Tudo começou com Maquiavel. Ed. L&PM, Porto Alegre, 16ª edição, 2001. KALECKI, Michael – Os aspectos políticos do pleno emprego. A obra de Luciano Gruppi, ‘’ Tudo começou com Maquiavel ‘’, apresenta diversas concepções do objeto ‘’ Estado ‘’ estruturadas por importantes autores da sociedade moderna. O texto de Kalecki, que busca discutir as consequências de ações tomadas pelo Estado diante de uma importante questão socio-econômica, no caso o pleno emprego, pode ser melhor dissernido com a leitura do livro de Gruppi, já que o mesmo facilita o entendimento da ação do Estado através dos conceitos apresentados na obra. A real complicação apresentada pelos textos é a relação entre o Estado e os interesses da iniciativa privada. A ação dos grandes empresários na economia de um país agride a soberania do Estado como regulador da comunidade. Isto é apresentado por Kalecki na discussão sobre a regulação do pleno emprego atráves de ações governamentais que, dentro de uma lógica liberalista, é condenada e dificultada pelos donos dos meios de produção. Isto demonstra um enfraquecimento do poder de decisão do Estado contemporâneo que acaba por ‘’negociar’’ com a iniciativa privada, políticas economicas e sociais ao invés de possuir a capacidade de aplicar suas próprias medidas, sem a interferência de qualquer agente externo. A teoria de Maquiavel apresentada por Gruppi abrange a construção do Estado…

pelos mecanismos de coerção e consenso. O papel da ação hegemônica torna-se fundamental na gestão, conquista e construção do Estado. Toda classe social se serve dos mais diversos instrumentos de hegemonia: o parlamento, os partidos, a imprensa, os sindicatos. Para o marxista italiano, “naturalmente todos os três poderes são Sitientibus, Feira de Santana, n.17, p.129-135, jul./dez. 1997 132 também órgãos da hegemonia política, mas em medida diversa: 1) parlamento; 2)…

tudo “uma práxis orientada para a transformação da sociedade, concebida no tempo da dominação do modo de produção capitalista, com vistas a preparar e conduzir o surto de uma sociedade sem classes” (Gruppi, 1978, p.VI). - Práxis marxista: programa de ação transformadora para a vontade coletiva interessada em uma outra forma de convivência social. “Abraçar esta concepção de mundo não resulta apenas de um compromisso intelectual, mas igualmente prático; um enfrentamento teórico-prático…

Referência: GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel: As concepções de Estado em Marx, Engels, Lênin e Gramsci. Porto Alegre: L&PM, 1986 1. Sobre o autor Morreu, em agosto de 2003, Luciano Gruppi, estudioso, militante e dirigente político comunista italiano. Estudioso do marxismo (Marx, Lenin, Gramsci, Togliatti), autor de inúmeros livros, alguns dos quais traduzidos no Brasil (O conceito de hegemonia em Gramsci, Tudo começou com Maquiavel), Gruppi trabalhou sempre…

tão inviolável, que é crime até mesmo colocá-la em discussão. É o instrumento regulador entre propriedade e liberdade, representando a soberania do povo, mas está acima dessa soberania. É a visão liberal típica do Estado de Direito. “A soberania do povo deve ser delimitada por algumas leis que estão acima dela e são invioláveis, indiscutíveis: o direito de propriedade, a liberdade de palavra, de expressão, de reunião, de associação. Liberdade que, na prática, são usufruídas apenas por…

situações adversas e conseguir construir alternativas de mudanças. Para Gramsci (1978, p. 23), a filosofia, como ordem intelectual é a crítica e superação das condições dadas. Ela, então, colabora para elevar senso comum e aproximar do conhecimento científico, criando, assim, formas de entendimento da realidade, em suas diversas dimensões e complexos dialéticos. No ponto de vista no qual Gramsci se coloca, há uma relação estrutura-superestrutura ideológica. A estrutura determina a…

perspectiva mecanicista típica da física da época, onde o objetivo principal era entender a natureza dos corpos e do movimento. Embora seja fortemente individualista, não é considerado um pensador liberal. Ele é defensor do absolutismo, mas não da monarquia absoluta do direito divino dos reis, e sim a idéia de que o poder para ser eficaz, deve ser exercido de forma absoluta. Da mesma forma como Hobbes se opõe ao direito divino dos reis, o pensador liberal inglês, John Locke…

autores vai encontrar uma forte oposição de expoentes Outros analistas também se afastam da visão kantiana e colocam a questão sob um 41 Argumentos, Ano 2, N°. 4 - 2010 diferente olhar. Maquiavel compreende que no território da política não é possível um julgamento ético a priori. Mas, com efeito, esta assertiva não pode justificar o famoso “maquiavelismo”, ou entender o pensamento do diplomata florentino como imoral. De acordo com Luciano Gruppi, Maquiavel entende a política como um…

Resumo Crítico da 1ª parte do livro: “Tudo começou com Maquiavel” (As concepções de Estado em Marx, Engels e Gramsci).GRUPPI, Luciano. 8ª Ed. – Porto Alegre: L&PM, 1987. SARA C. COELHO RODRIGUES – 21005432[1] JANAINA AUGUSTA[2] PARTE 1 A Concepção do Estado em Marx e Engels O Estado como organização política é formado por três elementos: poder político, povo e território. O Estado moderno caracteriza-se por sua autonomia e distinção da sociedade civil (evidencia-se…

três elementos que são: a autonomia e a soberania do Estado, que não depende de nenhuma outra autoridade; a distinção entre Estado que é formado pelos poderes legislativos e judiciários e sociedade civil formada pelo povo, os cidadãos (Martins, 1994). A diferença entre o Estado Moderno em relação àqueles da Idade Média, é que neste o senhor era dono do território e das pessoas, então ele podia tomar decisões, podia vender, dar de presente, cedê-lo, podia fazer o que quisesse, até mesmo…