Tudo começou com maquiavel: as concepções de estado em marx, engels, lênin e gramsci.
GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel: As concepções de Estado em Marx, Engels, Lênin e Gramsci. Porto Alegre: L&PM, 1986
1. Sobre o autor Morreu, em agosto de 2003, Luciano Gruppi, estudioso, militante e dirigente político comunista italiano. Estudioso do marxismo (Marx, Lenin, Gramsci, Togliatti), autor de inúmeros livros, alguns dos quais traduzidos no Brasil (O conceito de hegemonia em Gramsci, Tudo começou com Maquiavel), Gruppi trabalhou sempre no âmbito dos “aparelhos de hegemonia” do antigo PCI, desempenhando funções de relevo na política cultural deste partido, na revista Critica marxista e na escola central de partido em Frattocchie. Nesta última função, também escreveu uma Introdução ao estudo de Gramsci (1987). Além disso, organizou os últimos volumes das Obras de Palmiro Togliatti.
2. Sobre a obra Na leitura da obra podemos perceber que o tópico principal de que se trata, o Estado moderno, ou seja, o Estado unitário que tem um poder próprio, independente de quaisquer outros poderes, começou a surgir a partir da última metade do século XV na França, Inglaterra e Espanha, depois se disseminando pela Europa. O Estado moderno apresenta três características que o diferencia dos Estados do passado: a soberania absoluta do Estado; a diferenciação entre Estado e sociedade civil; e a identificação entre o Estado e o monarca, que simboliza a soberania estatal, em oposição ao Estado na Idade Média, quando este era patrimônio do monarca.
3. Resumo da obra Ao longo de toda a história pouco ou nada de concepção democrática foi vista nas teorias dos principais filósofos políticos anteriores a Marx e Engels. Mesmo naqueles que se consideravam democratas como Maquiavel essa realidade estava longe de ser pregada. Alguns outros como Rousseau e Hegel contribuíram bastante para as concepções de Estado Moderno, mas esbarravam sempre em concepções burguesas, individualistas ou conservadoras.