maquiavel
O pensamento de Maquiavel em relação à politica era de forma cíclica, procurou fundamentar uma filosofia politica em vista da dominação dos homens. Essa pretensão humana tinha como base o modelo às ciências naturais que estavam a pleno vapor de descoberta, como física, medicina, etc, fundadas por Galileu e com o próprio ideal renascentista de domínio da natureza.
Maquiavel queria com isso que a forma de conhecimento fosse aplicada também a politica enquanto ciência de domínio do homem e que tinha como pressuposto uma natureza imutável. Para Maquiavel se existe uniformidade nas leis gerais da ciência naturais, também deveria haver para as ciências humanas.
Maquiavel não se ocupa de moral, ele trata da política e estuda as leis específicas da política, começa a fundamentar a ciência política.
O caráter cíclico do seu pensamento é em saber quem serve a ciência política e o que fazer para se manter no poder. Embora ele defendesse a burguesia, não se sabe ao certo qual forma de governo ele preferia.
Mesmo assim ele tende ora para a República, ora para a Monarquia. Ele pensava que essa questão era secundária, pois sua concepção de história era cíclica e os governos sempre degeneravam: da monarquia à tirania, desta à oligarquia e aristocracia por sua vez, tinha recaído à democracia que, enfim, só terá solução com o surgimento de um ditador.
Isso acontece (e se repete) porque os seres humanos têm uma essência universal um desejo latente: que é o desejo de poder e os vícios a que são acometidos os homens (governantes e seus sucessores) que fazem com que o governo se degenere desta forma.
Uma forte citação de Maquiavel, sobre o que se expõe em relação à dominação do homem e Estado, encontra-se em O príncipe que ele afirma: “Todos os Estados, todas as dominações que tiveram e têm o império sobre os homens foram e são repúblicas ou principados”. Ou seja, Maquiavel demonstra assim ser um republicano e um democrata ao mesmo tempo.