Florestan Fernandes E A Miscigenação

considerada por Florestan Fernandes como “um fenômeno superficial e epidérmico”, a referida modernização chega ao Brasil provocando mudanças na estrutura econômica e consequentemente na estrutura social. No entanto, o negro novamente é marginalizado, ao ponto de se dividir a sociedade entre “negro/pobre e branco/rico”. Ocorre ainda a miscigenação dos negros, induzida pelo “racismo científico” vindo da Europa, cujo objetivo era acabar com a raça negra através da miscigenação, por…

racismo não era tanto contra o negro e o índio, que eram nítida e injustamente inferiorizados relativamente ao branco, mas que também eram vistos como donos de poucas qualidades positivas enquanto “raça”. O preconceito norte-americano era contra a miscigenação, ou seja, contra a mistura das raças. Segundo sua visão racista existia uma nítida ordem natural que graduava, escalonava e hierarquizava as “raças humanas”, tendo o branco no topo da pirâmide. Os estudiosos acreditavam que a…

devido às letras de rap, especialmente as do grupo de rap Racionais Mc´s, que, de maneira contundente, conseguiu denunciar o racismo que o negro brasileiro sofre ainda hoje. Este grupo conseguiu contestar teorias de sociólogos famosos como Florestan Fernandes (1965), ao demonstrar, por meio da experiência de “ser negro” 212 O USO DE IMAGENS PARA O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA... Vol. 5 ISSN 1809-5208 nº 9 Jan./jun 2010. C A M PU S p. 209-230 DE UN IOESTE…

desamparados. Logo após a abolição da escravidão, a ciência vem, especialmente pelos eugenistas[9], para validar a dominação racial propondo a superioridade dos brancos. Assim, a solução encontrada pelos eugenistas brasileiros fora a miscigenação. “Os acadêmicos brasileiros propuseram a solução do “branqueamento[10]”, através da mescla de brancos e não-brancos” (TELLES, 2003, p. 46). Essa teoria foi à sustentação principal da política de imigração do Brasil. “Esperava-se que…

harmoniosa de três raças é, de algum modo, tributária de Casa Grande e Senzala, ao menos na opção pelo consenso em lugar do conflito como chave analítica deste autor. Gilberto Freyre rompe com as ideologias racistas vigentes à época e canta a miscigenação como - 197 - 11-pensadores 13.09.04 20:33 Page 198 11-pensadores 9/14/04 5:56 PM Page 199 Pensadores E n t r e o v e r s o e o e n g a j a m e n t o, Cecília Meireles fez de sua obra legado para…

acrescentar elementos e ampliar focos analíticos acerca da questão social no capitalismo dependente. O referencial teórico é baseado em três autores vinculados à “teoria marxista da dependência”: Darcy Ribeiro (2007), Ruy Mauro Marini (2000) e Florestan Fernandes (1999). • PALAVRAS-CHAVE: Questão Dominação Imperialista. Social; Capitalismo Dependente; Introdução A pergunta – o que é questão social? – suscita na maioria das vezes respostas diferentes umas das…

traduzem, portanto, dois elementos imprescindíveis para a construção de uma identidade brasileira: o nacional e o popular. A problemática da mestiçagem é na realidade retomar a metáfora do cadinho, isto é, do Brasil enquanto espaço da miscigenação. Neste momento torna-se corrente a afirmação de que o Brasil se constituiu através da fusão de três raças fundamentais: o branco, o negro e o índio. O quadro de interpretação social atribuída, porém à raça branca uma posição de…

distinguindo com cla­reza posturas impregnadas de ideologias conservadoras a serviço das classes dominantes. Muitos intelectuais assumiram essa posição após 1950, desmistificando a falsa democracia racial no Brasil. Entre eles destacam-se o sociólogo Florestan Fernandes, que nas décadas de 1950 e 1960 já demonstrava as desigualdades sociais entre brancos e negros. 2.2 Os Grupos brancos formadores da população brasileira Os grupos que formam a população brasileira são originários de…

adoção de cotas raciais no Brasil. Destacam-se as funções ideológicas desse discurso. Foram entrevistados 60 sujeitos brancos, residentes em Campinas (SP). O artigo mostra temas e argumentos retirados do discurso nacional sobre raças, o tema da miscigenação, a crítica ao diferencialismo racial, entre outros, usados com notável eficácia retórica contra a utilização de cotas como forma de combate à desigualdade racial. Nesses discursos o racismo brasileiro ou é inexistente ou é inócuo e as…

mestiço O segundo argumento, assim como o primeiro, se constitui em torno do discurso biológico. Se no primeiro a idéia básica é que não havendo raças, em geral, não faz sentido políticas raciais, este se refere à formação do povo brasileiro e à miscigenação que lhe foi constitutiva. Exploremos primeiramente o argumento na sua matriz mais biológica, tal como formulado por Pena, e depois referenciado ao imaginário cultural que identifica o brasileiro com o mulato ou mestiço. Em primeiro…