Fenomenologia-husserl e conferências de paris

substancialização do cogito, pois o filósofo francês usou o cogito singular isolado do ego. No livro Meditações, de Descartes, este procura unificar todo o vasto campo de conhecimento, descrevendo que só há um caminho que supera a dúvida, o próprio eu. Chega-se a uma certeza a respeito da própria subjetividade (“penso”) ,pois se duvido,penso e se penso, existo. Descartes também faz um retrocesso ao ego filosofante, não intencionalmente vale-se da redução fenomenológica, pois esquece tudo o que sabe para se fundamentar mediante plena evidencia e examiná-lo criticamente. Descartes teve suma importância na fenomenologia transcendental. Quando o filósofo formula concepções a respeito do ego e do alter ego, cria uma das bases da fenomenologia de Husserl. As concepções são formadas pela combinação da ideia que ele tem de si próprio e das coisas corpóreas. Segundo Husserl (1929): “Realizamos aqui e agora, no pleno seguimento de Descartes, a grande viragem que, feita correctamente, leva à subjetividade transcendental, a viragem para o ego como o solo apodicticamente certo e ultimo do juízo, sobre o qual há que fundar toda a filosofia radical.” (p.05) Em Conferências de Paris, Husserl disserta sobre a influência do pensamento de Descartes na fenomenologia, tecendo elogios ao filósofo como verdadeiro patriarca. Husserl concordando com Descartes têm como primeira certeza o “eu penso” e que a partir dela todas as outras certezas são obtidas. O cogito, isto…

(Meditações Cartesianas,Segunda Meditação, §14) “Por consequência, é necessário alargar o conteúdo do Ego Cogito Transcendental, acrescentar-lhe um elemento novo e dizer que qualquer cogito ou ainda qualquer estado de consciência "visa" qualquer coisa, e que traz em si mesmo, enquanto "visado" (enquanto objeto de uma intenção) o seu cogitatum respectivo. Alias, cada cogito falo-à a sua maneira. A percepção da "casa" "visa" (refere-se à) uma casa - ou, mais exatamente, tal caso…

Na Primeira Meditação, O caminho para o ego transcendental, do livro Meditações Cartesianas, a partir de Descartes, com seu método de redução a uma subjectividade única da realidade, Husserl mostra-nos uma ideia epistémica diferente, a de uma “filosofia radical”. No método, de Descartes, de reformulação epistemológica de fundamentar a ciência de forma radical, Husserl pressupõe que se deve, ainda assim, analisar a primeira experiência que tivemos do mundo já tida como necessária e…

contrapartida, o pensador alemão propõe a “análise compreensiva” da consciência, uma vez que todas as vivências (Erlebnis) do mundo se dão na e pela consciência . Daí a tão célebre definição husserliana de consciência: “toda consciência é consciência de algo” (FRAGATA, 1959, p. 130). Essa definição de consciência está vinculada, por seu turno, à noção de intencionalidade . Para Husserl, “a palavra intencionalidade significa apenas a característica geral da consciência de ser…

"intencionalidade", quer dizer, como toda consciência é sempre "consciência de" alguma coisa, o estudo da essência da consciência inclui o estudo da significação e o da objetividade da consciência como tal. A análise da consciência implica, assim, a clarificação das formas fundamentais da objetividade, enquanto correlatos intencionais da consciência. Tal análise, ou descrição, dá origem à fenomenologia da consciência, que não se confunde com a psicologia ou ciência natural da…

consciência é sempre "consciência de" alguma coisa, o estudo da essência da consciência inclui o estudo da significação e o da objetividade da consciência como tal. A análise da consciência implica, assim, a clarificação das formas fundamentais da objetividade, enquanto correlatos intencionais da consciência. Tal análise, ou descrição, dá origem à fenomenologia da consciência, que não se confunde com a psicologia ou ciência natural da consciência. Fenomenologia A "redução…

como correlato da consciência (ser lembrado, percebido, imaginado, desejado, etc.), procurando, ao mesmo tempo, determinar a essência da consciência.  A análise da consciência implica, assim, a clarificação das formas fundamentais da objetividade, enquanto correlatos intencionais da consciência. Tal análise, ou descrição, dá origem à fenomenologia da consciência, que não se confunde com a psicologia ou ciência natural da consciência. FENOMENOLOGIA   A "redução fenomenológica",…

O Eu e a Consciência Tornou-se comum até então na filosofia a idéia que o Ego seria a instancia que deveria garantir a unidade de todas as representações. Porem, diversos ramos divergem sobre esse conceito, cabe aqui apresentar, a partir, da Transcendência do Ego de Jean-Paul Sartre como que se dá o ego na consciência. Mas, será que um Eu habita de facto a consciência? Será que é este Eu que promove a síntese de todas suas experiências? Partindo de Kant, por exemplo, ele nada…

de experiência e conhecimento para formação de um único sujeito a ciência dá origem ao ego cogito, algo que nos remete ao “penso, logo existo”, ou seja, a ciência e a experiência originaram a consciência. A astrologia pôde unir-se a ciência, ao passo que tornou em único sujeito o céu e a terra, o humano e o divino, possibilitando à ciência moderna a formação do ego. A este novo sujeito, mediador universal de duas esferas que antes eram autônomas – divino e humano, uno e múltiplo, céu e…

with Heidegger’s philosophy and Husserl’s. Material phenomenology is shown to be a project that invites phenomenology to rethink its foundations in the light of a new conception of the transcendental realm as a radical immanence of a Self that affects itself, constituting thus the insideness of egological life. Keywords: Phenomenology; affection; intentionality; immanence; feeling. Resumo: Este trabalho pretende ressaltar o lugar singular ocupado pela fenomenologia material de…